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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Pensei...

DSousa, 19.04.06

height=360 alt=inedpensei.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/inedpensei.jpg" width=245 border=0>

Pensei que nunca mais viria alguém
suavizar a dor pungente
deste Agosto ardente
em que me afogo...
mas logo,
com gosto de maçã
vermelha e doce,
desfizeste
a solidão ferida.

Então juntou-se
o fruto à fome
E foi a vida.
height=227 alt="Screenshot - 01-03-2006 , 12_27_56.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Screenshot - 01-03-2006 , 12_27_56.png" width=117 border=0>










Nos lábios...

DSousa, 18.04.06

height=360 alt=inednoslabios1.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/inednoslabios1.jpg" width=343 border=0> 

height=32 alt="Screenshot - 17-04-2006 , 12_32_01.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Screenshot%20-%2017-04-2006%20,%2012_32_01.png" width=31 border=0>os lábios da manhã
Gozei os beijos do sol
como se fossem pai e mãe
animando a dor
 e a solidão
dum filho pecador
que abraça a vida
à porta do perdão.

E ao meio dia, a festa
refulgente
encheu de vinho e pão
a mesa, a casa, a gente.
height=175 alt="Screenshot - 12-04-2006 , 12_55_51_ver001.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Screenshot - 12-04-2006 , 12_55_51_ver001.png" width=144 border=0>









Vamos...

DSousa, 16.04.06
 

height=360 alt=ined07.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/ined07.jpg" width=315 border=0>

Vamos por esse mundo fora
com nuvens nos pés...
Vamos bater à porta da aurora
aureolada de flores e marés...

E de mãos dadas,
como asas de vento,
coroemos de sol os nadas
que nos irmanaram por dentro.

E depois
cada fala do ser
será rosário de sóis
sem entardecer
no paraíso...

Vamos...
Que a demora é prejuízo.

height=174 alt="Screenshot - 12-04-2006 , 12_54_56_ver001.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Screenshot%20-%2012-04-2006%20,%2012_54_56_ver001.png" width=207 border=0>

















Se não...

DSousa, 13.04.06
height=222 alt="Screenshot - 12-04-2006 , 12_13_28_ver001.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Screenshot - 12-04-2006 , 12_13_28_ver001.png" width=295 border=0> height=360 alt=ined06.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/ined06.jpg" width=343 border=0>

Se não me encostar
à ogiva do teu ser
como hei-de erguer
aos céus
os coruchéus
que nos unem
eternamente?
Pedra angular és tu
e grão de areia eu sou
E só o nosso amor nos imolou.

height=266 alt="Screenshot - 12-04-2006 , 12_07_18_ver001.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Screenshot - 12-04-2006 , 12_07_18_ver001.png" width=189 border=0>









Fecho os olhos...

DSousa, 09.04.06
height=151 alt="copy 1 of Screenshot - 22-03-2006 , 10_19_55.png" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/copy 1 of Screenshot - 22-03-2006 , 10_19_55.png" width=306 border=0>

height=340 alt="ined0 02.jpg" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/ined0 02.jpg" width=298 border=0>

Fecho os olhos
e os anjos
fazem cortejos de lume
sobre a pauta da canção
que entoei ao nosso amor!

E neste enleio se assume
o coração
ígneo
em trespasse
de perfume
e dor!












Inéditos de Coelho de Sousa

DSousa, 09.04.06

height=359 alt=csousaproc1166x360a1.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/csousaproc1166x360a1.jpg" width=157 border=0>

align=left>Tenho hesitado muito em trazer a público, mesmo que não em publicação escrita tradicional, alguns dos inéditos de Coelho de Sousa. Esta hesitação liga-se com a ideia, que sempre alimentei, de o fazer nas melhores condições possíveis de decifração, interpretação, enquadramento biográfico e publicação.
Começo, porém, a convencer-me que, muito dificilmente, conseguirei reunir simultaneamente essas condições ideais.
Por isto mesmo, vou começar a trazer hoje a este "álamo esguio", alguns inéditos de Coelho de Sousa.
São, todos eles, poemas muito breves.
Uns completos, outros não.
Provavelmente, nenhuns revistos pensando em futura publicação.Embora, quase todos, com numerosas correcções, ao contrário do que é habitual no autor.
Estão escritos num caderno escolar, sem linhas, de folhas não numeradas, em número de cerca de uma centena.
Trinta e uma delas contêm poemas, escritos sempre na página da direita.
Havendo ainda 4 folhas com um poema de sabor popular sobre o São João (São João dos Namorados) escrito, possivelmente, para uma marcha da freguesia da Feteira, integrada nas Sanjoaninas de Angra. Pelo conteúdo dos poemas e até pela caligrafia, muito irregular e subindo na página, deduz-se que pertencem a um período muito difícil da vida do autor, em que, por graves motivos de saúde, Coelho de Sousa esteve internado no Hospital de Angra.
Pode dizer-se que, em muitos destes poemas, provavelmente, dos finais dos anos 70, antes da sua deslocação ao Canadá e aos Estados Unidos(deslocação que deu origem às crónicas que coligiu e publicou, em 1983, "Na Rota da Emigração Amiga") CS revive as temáticas e clima psicológico, atormentado e sofrido, do seu primeiro livro de poemas (Poemas de Aquém e Além)
Curiosamente, os "Poemas de Aquém e Além", também, se seguiram a uma fase de doença, que, nos anos 50,  obrigou Coelho de Sousa a interromper a frequência da Univesidade de Salamanca.
Destas adversidades da vida ficaram os poemas. 

No caso destes inéditos, escritos no caderno de "exercícios nº 50", para "uso escolar", com esta capa.

 height=360 alt=inedcapa.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/inedcapa.jpg" width=268 border=0>











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