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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Angra, por ti (V)

DSousa, 28.08.06

 

Tu hás-de ser agora e no futuro
Igual e mais do que tu foste herdeira.

Angra! Querida Angra!
Avança e vibra, e luta por vencer
Tu és a alma da Terceira
E a alma nunca poderá morrer!

Angra, como te quero.

Em ti espero.

Eu sonho-te heroína laureada,
Eu sonho-te rainha coroada
Em corte de beleza imaculada!

Ah! nada! nada!
Há-de empanar teus brilhos.

Assim o quero
Assim o espero
Assim o queiram os teus filhos!

Coeho de Sousa: Angra, por ti (III)

DSousa, 17.08.06

Angra,
Dos monumentos,
da oração dos nossos pais,
nossos maiores,
onde se guardam seus ais
e suas dores.

Angra,
Cidade dos segredos
envoltos nas velas
das caravelas,
e fio das espadas,
dos Bruges e Figueiredos,
Cortes Reais,
Briandas, Violantes e Drumondes,
Cantos e Castros, Carvalhais...
E muitos mais...

 

Angra,
É teu Paulo da Gama...
E João Batista, a chama
da tua glória acende ao oriente...
Ilha de Cristo, és tu unicamente
Quem deu para os Altares um seu filho,
E Angra, a sua mãe, bendita seja!

Coelho de Sousa:Angra, poema aberto em pedra e cal (I)

DSousa, 13.08.06

Angra, por ti, última vez,
Angra, por ti, última vez aqui
neste programa,
A vida é para ti,
E a minha voz te aclama.

 

Angra, um poema aberto em pedra e cal.
Se em cada estrofe pulsa um coração,
Em cada coração nobre e leal,
Amor e fidalguia, em seu brasão!

 

Rainha do mar alto aberto em luz
Floriu num amplexo o teu regaço...
E a ilha que é de Cristo, o bom Jesus,
Sentiu logo em si um tal abraço...

 

Nas pedras dos umbrais ou pelas ruas
Escrita a tua história luminosa.
As letras são estrelas e são luas
Em céu de glória eterna e esplendorosa!

Esclarecendo

DSousa, 13.08.06
Para aqueles que tenham a preocupação de compreenderem melhor o texto e o contexto das entradas que se vão seguir, com um poema de Coelho de Sousa, lido aos micofones do Rádio Clube de Angra,nos anos 50 e tendo como tema a cidade de Angra,reponho aqui, o texto introdutório publicado neste blogue a 6 do passado mês de Julho.

vidatitulo1 3.jpg vidatitulo2 41.jpg

Estas são reproduções do genérico dos dois textos, que vamos começar por transcrever no blogue, e que eram lidos pelo "locutor" do RCA que acompanhava CS no programa.
Embora se trate de dois programas muito distanciados no tempo, em relação às datas em que terão sido utilizados no RCA (um deles anuncia mesmo o termo do programa), não foram escolhidos por acaso.
É que têm um tema semelhante.
O primeiro deles é uma "Volta à Ilha" com referências às freguesias da Terceira e a outros locais da ilha com significado geográfico ou histórico.
O segundo tem por tema a cidade de Angra.
Com todas as diferenças que serão evidentes a quem os ler, é fácil reconhecer a estes versos ressonâncias das "Cantigas à Ilha Terceira, à cidade, à Praia e aos montes" da "Festa Redonda" de Vitorino Nemésio.
Facto que, nem é de estranhar, se nos lembrar-nos que a 1ª edição da "Festa Redonda," na Bertrand, é de 1950, e estes versos de CS são de 1954/1955. 

Coelho de Sousa: Volta à Ilha (XV e último)

DSousa, 12.08.06

  Tens de Vila só o nome
  Diz a rir quem por ti passa...
  Vive escondido na alma
 O dom de Deus... e é graça...

 

  E basta só que os teus filhos
  Te queiram todo o teu bem...
  Tu serás eternamente
  Linda vila... a nossa mãe!

  Estou cansado... A corrida
  Volta à Ilha... Eis-me aqui...
  Volta à Ilha... Volta à vida!
  A vida que é para ti!

 

 

Coelho de Sousa: Volta à Ilha (XIV)

DSousa, 11.08.06

 

 

Santo Amaro, Ribeirinha
Pendurada lá na Serra...
Sacas de roupa da América
Invadiram esta terra!

 

Ladeira Grande a subir,
E Feteira na corrida.
Oh! Senhora das Mercês
Amparai a minha vida!

 

Lá no fundo Porto Judeu
Toiros no porto... oh! chicharro...
Vamos embora depressa
Não se pára aqui o carro...

 

Boa Vista! Oh! minha Vila
O coração a saltar
Eu já dei a volta à Ilha
E acabo de chegar...

 

E comigo vem a noite
 E com a noite eis a lua!
Vila de glórias sem fim
Não há glória igual à tua...

Coelho de Sousa: Volta À Ilha (XIII)

DSousa, 03.08.06

vioutrodia 41.jpg

Oh! Angra, querida Angra,
Num sorriso tu me esperas
Oh! donairosa princesa
Rainha das primaveras...

Outro dia hei-de voltar
tenho muito que dizer-te
Tu és filha do mar...
Volta sempre para ver-te

Quem uma vez já te viu...
E tu és o meu encanto...
Amor que a alma sentiu
enche de amor o meu canto...

Voltarei para cantar
Igrejas, Praças, jardim,
Monte Brasil e o mar
A tua graça sem fim...

Adeus Angra, vou p'ra Vila
Que levo tanta saudade...
Meu berço por mim espera...
Vila, p'ra mim és cidade!

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