Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Salmo das Ilhas(I)

DSousa, 29.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

  

 

 

Nós somos da distância do mar alto

E noivas do azul que os céus nos dão

quase a dezena feita em sobressalto
Mas convidados todos ao teu pão...

 

 

 

E vimos de longada - mar e terra!
A ajoelhar rendidas neste dia.
Acção de forças que um rezar encerra
Também és Padre Nosso. Avé Maria!

 

 

Não somos pequeninos com querem.
(Que as almas não se medem palmo a palmo)
Palavras são pequenas mas
proferem
Amor e gratidão de eterno salmo.

Louvado seja Deus que à Igreja deu
Herói de mil batalhas e vitórias
Não haja boca ou alma, só de ilhéu
Caladas ao pregão das tuas glórias

Coelho de Sousa: Saudação(III)

DSousa, 27.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 


 

 

 

 

 

Núncio de Cristo, aqui, o Seminário.
A alma desta casa vos venera

Nós somos Primavera
De operário
Marcado à grande messe
No verão de Deus.

Sem coração não há vida
Sem vida não há amor

Numa frase repetida:
Aqui nos tendes, Senhor
Somos de Deus e só vossos
Pois que da Igeja nós somos

 

 

 

Coelho de Sousa : Saudação (II)

DSousa, 25.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 


 

 

 

Oh! Deus que não se apague a chama
Que nos vai sumindo
Em teu calor...
 

Assim a nossa virtude
E juventude
Em teu divino amor
Serão o teu reinado

Bendita a hora em que chegou
junto de nós o teu legado.

Verá o que nós somos e queremos ser
A Igeja viva no altar
A dar o ser e a amar
Quem nos chamou.

Coelho de Sousa : Saudação (I)

DSousa, 23.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 

 

Senhor, aqui presente o Seminário

 

A alma desta casa vos venera.

 

Nós somos primavera
do operário
Marcado à grande messe
No verão de Deus.

 

Benvindo sejais Senhor.

Benvindo até nós

E aos céus
bem-ida a nossa prece
Por vós

O Núncio do Cristo-vivo

 

Não há distâncias no amor
E um grande coração não é cativo...
De cada açoriano é coração

Por cada coração que vos aclama
Eterna saudação:

Benvindo sejais, senhor!

Benvindo!

Coelho de Sousa: Ilha do mar

DSousa, 21.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 

 

A Ilha do mar

 

Julguei-me criador predestinado
E levantei no mar dos meus desertos
Uma ilha.

 

Era de bruma
Nem fontes nem ribeiros

Nem espinheiros
Abertos...

 

Melhor: coisa nenhuma

 

 

Só tinha num penedo
alcandorada,
Como um segredo,
Uma saudade antiga.


Ilha de areia o mar depressa a come
E o Criador da Ilha
 Ébem que o diga
morre de fome

 

 

Mas vai de novo erguer
Mais outra ilha
Pois ele é rei e quer
Reinar
Na sua ilha do mar

 

 

S. Rafael 22-III-56

 

 

 

 

Coelho de Sousa : Herança

DSousa, 19.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 

Herança

 

 

Caem folhas uma a uma.
E não sei quantas cairam.
Só sei que todas fugiram,
Porque não ficou nenhuma!

 

 

São assim os nossos dias
Que o tempo leva na vida

E com eles de fugida

As tristezas e alegrias

 

 

 

Se das folhas não ficou
Nenhum  rasto que se visse,
Quem dera se não sentisse

O que o tempo em nós deixou!

 

13-IV- 956

Coelho de Sousa: Minha ilha

DSousa, 17.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 


 

 

 

 

Rocha de bruma esparsa ao meu sonho
Ou ilha de sereia no meu mar;

Quem há que te conheça e não te queira?
Que a tua cinza oculta uma braseira

 

Onde eu me aqueço íntimo e feliz
E a tua boca acerta quanto diz!

 

 

 

Não sei se te conhecem, minha ilha,

Quantos na vida passaram na flotilha

 

 

Dos anseios de viver e de ilusões...
Não sei o que dirão as multidões

 

De nuvens e de gente e de sonho e pó

Mas sei que bem estou contigo só.

 

 

Que seja a minha casa nesta rocha
Por onde passa bruma e desabrocha
 

Um cardo ressequido e muito triste

Que o fogo sob a cinza ainda existe

 

 

E o sol é meu amigo, há-de voltar
Voltou! É branca a ilha sobre o mar

 

s. Rafael 16-IV-956

 

Coelho de Sousa: A esquina

DSousa, 11.11.08

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 

 

 

À esquina

 

Na esquina numa noite esperei por ti
Espero ainda
Aqui.

 

 

E tinha uma canção deveras linda
Para te cantar
Benvinda
 

 

Aqui onde a vida dobrar
Espero ainda,
Voltado ao mar


A luz,  a tua luz de graça infinda,
Um beijo eterno
Benvinda.

 

Mas tu fizeste da minha noite o inferno
Aqui à esquina
da minha Ilha
Peregrina
Voltado ao mar.

 

 

S. Rafael 20-III-956

Pág. 1/2