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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa : Não sei...

DSousa, 28.01.09

 

 


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Não sei nem posso saber
Quem seja  e o que é. Nem sei

Se a vida é dor ou prazer

Aceites de gosto ou lei.

 

Nem sei o que sei de nada
saber.Pesado limite
da vida agora almejada
Ao ser eu que mal te imite

Que todo sou cruz erguida

E cravos na mão e lança
Eu não sei que seja a vida
Sem fé, amor, esperança.

 

´Coelho de Sousa: As tuas juras...

DSousa, 26.01.09

 

 


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As tuas juras de amor...
Quem pode acreditar nelas?
São como um céu cheio de nuvens
Para ocultar as estrelas.


Pessoa que tanto minta,

Nunca encontrei, nunca vi!
Já tantas vezes mentiste
Que ninguém fica por ti...

Se por cada vez que mentes
Um cabelo te caisse
Estavas todo careca,

Podes crer, não é tolice!

 

Vê se podes algum dia
dizer alguma verdade...

 Pode ser que te acreditem
Pelo menos em metade!

 

 

Embora tu fosses santo
a dizer sempre a verdade...
Nem sequer eu te acredito

Na metade da metade.

Coelho de Sousa: Encantamento

DSousa, 24.01.09

 

 


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Encantamento! História de Amores;
Reais e principescas transformações
À divinal essência dum excelento

Párasmo. Tudo foi assim: Os fados

conjugaram as vidas que se deram
Em límpido abraço divinal
E beijos se trocaram sem cessar
Num místico enleio, sem igual!
Pulsaram juntamente os corações

 à carne de uma carne só unida
Ven
cidas são as almas certamente
Pois numa alma só ficou vida!

 

 

E tudo mais que venha e seja

É nada comparado a tanto bem
Encantamento! História de amores!
Nunca se viu igual e com ninguém!

Coelho de Sousa: Ainda estou

DSousa, 22.01.09

 

 


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 Ainda estou a ouvir: Promessas
que faça hão-de ser cumpridas...

 

E eu acreditei...

 

Par'cia que nos olhos a certeza
se lia, mais que em fala
Jorrava lá de dentro a transparência

da alma certa e eleita...

 

Assim julgava eu...

E, no entanto, oh! Deus! Quem o diria?
Como se angana assim, o néscio? A mim?

Aquela transparência,aquele olhar,
as falas, as juras, tudo
Era só fingimento.

 

 

Nem uma só promessa foi cumprida

Coelho de Sousa : Fugi do mundo...(I)

DSousa, 18.01.09

 

 


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Fugi do mundo, escondi-me
num burel de branca espuma
E não quis paga nenhuma
mais que o amor que me redime.

 

Abri em cruz os meus braços
Abarquei nas mimhas mãos
O próprio Deus e irmãos
no mais puro dos abraços

 

 

Subo o meu calvário exausto
A cruz é grande, é ingente
Mas não há são ou doente
Que não dê ao holocausto...

 

Olho em meu redor...Que distância!|
Mar imenso!  Perdoai!
Porto-fim é Molokai
Leprosaria é fragrância.

Coelho de Sousa: Anseio

DSousa, 14.01.09

 

 


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Sorrir, tempo de ser
a vida que a gente tem
Quem será que há-de morrer
Hoje ou depois de amanhã?

 

Vida breve, sincopante

Nas pautas do sim e do não.
Quem tem tudo, não tem nada
Se perdeu o coração.

 

 

Ergo a voz à partitura
de encontrar-me e de ser eu
Pois ando sempre à procura da melodia do céu

 

E logo o bálsamo é doce
E logo a nota é suave
Bastaria ser, se fosse
Asa leve e canto de ave

Coelho de Sousa: Cantem...

DSousa, 12.01.09

 

 


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Cantem, cantem passarinhos
Cantem que eu bem vos ouço!

Ai! quem me dera voltar
Aos tempos em que eu era moço!

 

 

Ir por esse mundo fora

Sem ter medo de ninguém
E cantar, como cantam
A harmonia do bem.

 

 

Ou ser o frade perdido
Como a cerca de convento
A escutar-vos dia e noite
Num sublime encantamento.

 

 

Eu sei lá o que pensar

do vosso canto e de mim
Oh! Passarinhos cantai
Que eu escuto atá ao fim!

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