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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Juras

DSousa, 24.03.13

 

 

 

 

 

 

 

 

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Juras              

 

É muito sério jurar

Mas eu não jurei em vão.

Eu jurei de te encontrar

Dentro do meu coração.

 

Fiz a jura de encontrar-te

E não falto ao meu amor

Hei-de andar por toda a parte

Seja lá por onde for.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Coelho de Sousa: Visão

DSousa, 12.03.13

 

 

 

                            Visão

 

Passaro de fogo e o vento

Impelindo as tuas asas

Para incêndio com que abrasas

Minha certeza e tormento.

 

E os cavalos vem trotando

Com seus cadáveres em cima

Último poema sem rima

As trombetas vão tocando.

 

E tu chegaste depois

Para veres quem sou eu.

Não te enganaste: o plebeu

Não estava entre os heóis!

 

Mas a tua mão alada

Não me deixou esquecido:

Fez vencedor o vencido

Como o tudo fez do nada.

Padre Coelho: Segredo

DSousa, 04.03.13

 

 

 

 

                        Segredo

 

Estrangulada nos lábios

A palavra já morreu...

Fica a ideia para os sábios

Se o cadáver não for eu.

 

É que o silêncio é de oiro,

Bem o sinto. E depois há-de

Aparecer o tesoiro

Com riquezas de verdade

 

Não venham bater-me à porta

A pedir palavra dita.

Que a palavra já está morta

E nunca mais ressuscita.