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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: À Ponta Negra

DSousa, 29.07.09

 

 


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À Ponta Negra

 

 

 

 

 

Dou à vida voltas mil
Num rosário sem ter fim...

Glória a Deus! No mês de Abril
Descansei - Porto Martim

 

 

E nesta pausa eu medito

ser sabido e ser estranho!

Com assombro anoto e grito
Que já não sei donde venho

 

Mar amplexo à pedra viva,
Sol e sol que se procura...

E repouso dê e vá

Ao retorno de alma pura

 

Ser gaivota aureolada
Que a espuma clara beijasse,

Ter asas cheia de nada
E de tudo plena a face.

 

 

Ser das ondas o monge
Na cerca da maré-cheia
Com o meu convento ao longe

Onde a vida é uma teia!

 

Atirar aos céus o mote
Do meu sonho reticente
E ser mais que D. Quixote

Neste crer de frente a frente.

 

É rezado o livro de horas
Encerrou-se a última página

Sem miragens tentadoras

de que a alma se fascina.

 

 

Não pisar o risco e a regra
Quem ao amor se acostuma!

Como é posta a Ponta Negre

E do mar a branca espuma...

 

E se o mar não me quiser
E a pedra me rejeitar

S. José há-de valer

Pela pedra e mais o mar

 

 

 

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