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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

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DSousa, 29.06.14

Não esperes que tê

O que nunca possuí

Pediste-me meu coração

Deito logo que nasci.

 

E o que se deu está dado

Retirá-lo, não retiro.

Fico sem o coração,

mas morrer assim prefiro.

 

O coração é fogueira

Dum incêndio muito grande

Quanto mais água de ausência

mais fogo ainda se expande

 

 

 

 

                                                                                                                                                                                                              do

Coelho de Sousa : Ausência

DSousa, 28.08.08

 

 

 


Atenção: Mais duas novas páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/
 

 


 

 


 

 





 

 

 

 

 

Ausência


Trazia do olhar a vida ausente,

e o sol do coração não tinha quente!

Assim não era
a Primavera
Que a gente via
naquele sorriso...

Degraus de sombra densa em vão descera,
Ficaram dentro da alma a arder vulcões...

E agora a chuva toda de Setembro
Já não bastava para matar-lhe a sede...

E Deus quisera
lhe fosse um dia
a Primavera,
Um paraíso!

 

 

 

Trazia do olhar a vida ausente
E o sol do coração não tinha quente.

 

 

 


Atenção: Mais duas novas páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 



  Nota : Este poema prenche as páginas 17 e 18 dos "Poemas de Aquém e Além".

Coelho de Sousa: São Versos de Pentecostes (III)

DSousa, 09.04.08








É verdade
que no meio deles, Maria
era alento
era alegria.
Mas o tormento
daquela ausência pesada
Não lhes dava porto a nada.




Quem amansaria o vento
nas águas bravas do lago?
Quem multiplicaria o pão?
Quem chamaria Pedro e Tiago,
E segredos a João
Havia de contar também?

É certo que a consolação
ficava bem prometida,
E Maria era a mãe,
Por quem suspirava a vida...