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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: São Versos de Pentecostes (VIII)

DSousa, 19.04.08








Já não há medo de alfange
Nem a cruz pode assustar,
Só a fuga ainda confrange
quando acerta de lembrar.

Venha  agora quem vier
Decidida está a alma.
Nem que seja até morrer
Que o martírio será a palma

Tudo assim será aceite
Como Ele em puro amor
P'ra ser luz morre o azeite
Bago pisado é melhor.

Pentecostes, vento e fogo
Sacudindo o que é parado
E logo
abrasando o que é chamado.

Coelho de Sousa: O Mar e a Dor (II)

DSousa, 07.10.06

 

O Mar e a Dor (II)

 

E o mar também contava
Histórias lindas de amor
A uma rocha de lava
Que lhe deu Nosso Senhor

 

E tinha ricos presentes
de continhas de coral
Que em tardes de estio ardente
Dava ao seu amor ideal 

 

Era feito um mar de azeite
Mansinho como um cordeiro
Que um luar branco de leite
Tinha nele o travesseiro...

Pelo verão, as estrelas
Com seu corpo de ambrosia
Vinham banhar-se. Era vê-las
Espadanando alegria.