Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Natal- A noite e o dia (V)

DSousa, 09.01.08



(V)






O norte a que me atrevo e me desvelo
És tu e mais ninguém. Só quero é ver-
Te e possuir-te agora e sempre. Anelo
Encontro e posse eternos que o meu ser

Da noite faça dia e sagre o elo
Que identifique. O lume esclarecer
virá a fome e sede ao teu apelo.
E logo após será sumo o prazer.

E ter-me-ei de todo em tua face
(orante a união em que me enlace)
Embora intransponível singular.


Que fuja a noite a gora e venha o di-
a a que me prenda eterno para ti.
A vida só é vida para amar.

Coelho de Sousa: Natal - A noite e o dia (II)

DSousa, 03.01.08


A NOITE E O DIA

(II)






Íntima a tarde, o coração é brasa
Inspirando Éolo posto ao céu.
A noite de surpresa entra-me em casa
E vai-se diluindo o traço teu.

A chama desgarrada esmoreceu,
distante. O passo inerte a vida atrasa..
Estrelas não as vejo e nem sei eu
Se para voltar terei alento e asa.

Íntima a noite, agora é solidão
Nas sendas tortuosas por que vão
As vidas e sonhos meus, agros, perdidos.

Surge sereno o dia e fogo traz.
O sol para o regresso e tanta paz
na vida e o traço teu já definidos.

Coelho de Sousa: Natal- A noite e o dia (II)

DSousa, 03.01.07



Íntima a tarde, o coração é brasa
Inspirando Éolo posto ao céu.
A noite de surpresa entra-me em casa
E vai-se diluindo o traço teu.

A chama desgarrada esmoreceu,
distante. O passo inerte a vida atrasa..
Estrelas não as vejo e nem sei eu
Se para voltar terei alento e asa.

Íntima a noite, agora é solidão
Nas sendas tortuosas por que vão
As vidas e sonhos meus, agros, perdidos.

Surge sereno o dia e fogo traz.
O sol para o regresso e tanta paz
na vida e o traço teu já definidos.

Coelho de Sousa: Variações sobre o Mar-Espelho (II)

DSousa, 25.10.06
Nada tão variável nestes Açores como o tempo.
Lembras-te, estimado ouvinte, ontem um dia saboroso, encantador, cheio de sol sem ferir, nem vento de rasgar,diáfano, rutilante e concretizador.

Podiam contar-se, um por um, os franjais das nuvens na
lentidão do dia...

Os verdes, do vale à serra, tinham postas as mãos numa esperança ubérrima...

E a promessa dos trigais maduros tinha posta a mesa, grão em grão das tulhas cheias...

Ei! vaca p'ra diante!

O dia foi todo cor de leite...

Tingido com azul de céu sobre a cabeça, e rumos de azulina igual além do mar...

Oh! Padre Nosso!
O pão de cada dia nos dai hoje!