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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa : Eu e não eu

DSousa, 01.11.08

 

 

 


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Eu e não-eu

 

 

 

Não tem fácil solução
Este problema:
Eu e não-eu

Nas letras deste poema .

 

 

 

Duas bandeiras
num só campo de batalha...
Eu e não-eu
Numa inseperável malha!

 

 

Eu que procuro
O não-eu que me restringe
Ele que existe
Dentro do eu que me atinge.

 

 

Eu e não eu!

Haverá quem possa dar

A solução deste problema de Amar?

 

Há, sim senhor!
És só tu e mais ninguém
Eu e não-eu
Que a solução já se tem.

 

 

S. Rafael 14-II-956

 


 

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Coelho de Sousa: Saudade

DSousa, 16.02.08



Saudade



Uma saudade ficou
Perdida dentro de mim.
Nunca vi saudade assim!
Quem seria que a encontrou?

Foi no mar que se perdeu
(É um mar que tenho em mim)
Nunca vi saudade assim
Se alguém achou, não ma deu!

Saudade sempre perdida,
Perdida dentro de mim!
Nunca vi saudade assim,
Saudade da minha vida.

Pergunto aos cardos, à bruma,
Se a encontraram dentro em mim?
Responderam:Saudade assim,
Não se encontra em parte alguma

E no entanto é verdade:
Perdeu-se dentro de mim.
Nunca vi saudade assim
Saudade doutra saudade!




Nota: Resolvi introduzir este poema aqui, pelo seu tema.
Com efeito, datando de 1956, portanto, meia dúzia de anos antes dos poemas do caderno que tenho vindo a publicar, a sua temática e conteúdo são paralelos aos do caderno.
Até parece um sumário condensado, e de grande inspiração e beleza formal,  do tema que Coelho de Sousa desenvolveria, anos depois, aos microfones do Rádio Clube de Angra. Curiosamente ainda, encontrava-se entre as páginas deste caderno, com o formato de um postal ou ficha.
Ou por simples acaso, ou, quem sabe, porque Coelho de Sousa o terá utilizado como mote, que desenvolveu anos depois.