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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Também as setas dão glória (VII e último)

DSousa, 11.10.07


(VII)






Até quando, Imperador
Te deixarás enganar?

Tu mentes
e és injusto!

Fica a saber,
E contigo estas gentes:

Que um só Deus é verdadeiro.
É aquele que ao madeiro
se abraçou
e por nós morreu...




Quem és tu?






Quem sou eu?

Sebastião que varaste
com as setas da mentira,
do teu ódio e do rancor...

Há um só Deus que é amor...
E os cristãos teus vassalos
podes feri-los, matá-los
mas em todo o teu império,
na terra inteira,
não terás quem mais te queira...



À morte! À morte!
À morte! o falsário, o nazareno
O perjuro!
Que não tenha melhor sorte...
Degolado...Degolado!...




Foi assim que uma luz
se apagou nesta vida,
para ter da vida o gozo
Que jamais pode ter fim!



Coelho de Sousa: Também as setas dão glória (IV)

DSousa, 05.10.07



(IV)




Eu juro
que o futuro
há-de louvar este acto
em que a justiça é cumprida...

Perca o maldito a vida
na vergonha do castigo
Mas a vontade de César
tem que ser respeitada!


Vá soldados,
que não erre a vossa mão.
Disparai inda mais setas...
E varai-lhe o coração...
O coração...
(ri) Assim... (ri) Assim!

E veremos se ele grita:
Que viva a hora bendita
De morrer por esse Cristo,
O nazareno da Cruz!



Coelho de Sousa: Também as setas dão glória (II)

DSousa, 01.10.07


(II)




Senhor!

Senhor, bendita seja a hora
desejada!
Meu corpo é preso agora
ao tronco desta árvore
como o teu no amor
foi no madeiro em cravos.


E a minha alma ansiosa
a ti sobe... a ti vai!
O céu! Pátria ditosa.


(às armas, os arcos retesai!
as setas apontai)

Ai!

Senhor! Senhor! Dá-me fortaleza!
Anseio a beleza que eu vejo
nesse portal de glória
aberto!

Sim, Senhor!
Por teu amor
aceito a cada seta o beijo,
Tu és Deus,
És a meu lado, aqui, és perto
E o braço teu erguido para os céus
me dá vitória,
o gozo teu eterno e certo.

Coelho de Sousa: História em quadras (XI e última)

DSousa, 26.11.06

História feita em Quadras

 

Nossa Senhora da luz
Não nos deixeis às escuras.
Por estas sendas em cruz
Eu sei que tu nos procuras.

 

 

Nossa Senhora contente
Junta a Deus na eleição.
Ensina a gente a sorrir
Quando nos vem a aflição.

 

 

Nossa Senhora da glória
coroada, enaltecida...
dá-nos força p'ra vitória
de ganhar a eterna vida.

 

 

Nossa Senhora artista  
Da vida que eu antevi.
Seja esta a nossa vida.
A vida que é para ti.