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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: O Mar e a Dor (VII)

DSousa, 17.10.06

 

O mar e a dor ( VII)

 

 

E foi o fim.

 


Então o mar bramiu furioso...
O sal ficou tão amargoso
Que o seu travor
Só pudesse o amor
de um Deus
Enfim
tragar...

 


 

 

Bateu de encontro à cruz
O mar salgado.
Mas foi da treva que nasceu a luz.
E o sal do pecado
Ficou a ser doçura
Redimida
em graça e na fartura
do amor que em morte trouxe a plena vida...
A vida que é para ti...

 


 


O sal e a dor!
É tudo amor!
Amor! amor!

Coelho de Sousa: O Mar e a Dor (V)

DSousa, 13.10.06

O Mar e a Dor (V)

 

Mas tu choraste, Senhora,
E o teu pranto foi um mar.
Ai! de quem não for agora
No teu pranto a alma lavar...

 

Foi, então, desde essa hora
Que o mar ficou mais salgado
Tinha o teu pranto, Senhora
E o nosso sal de Pecado...

 


 

 

É meia noite, é de dia!
É um milagre dos céus.
Pois nos braços de Maria
Eis um menino que é Deus!

 

Mas o menino chorou
E com Ele sua Mãe.
Foi assim que começou
Crescendo o sal que o mar tem.

Coelho de Sousa: O Mar e a Dor (IV)

DSousa, 11.10.06

 

O Mar e a dor (IV)

 

Oh! Mar alto, mar tão largo
Em cada onda que tens
Anda o sal do pranto amargo
Que choraram nossas mães!
 
Nesse teu olhar pisado
Cor de goivo e de martírio
Anda a sombra do pecado
Que manchou da alma o lírio.
 
Não é teu, que não podia
esse mal ser-te pertença...
Só é nossa a rebeldia
Só é nossa a vil ofensa.