Coelho de Sousa: Do Amor e do Ódio (III)
Palestras de Domingo
Do amor e do ódio
Pode-se viver na miséria e na tristeza,
quando há amor está-se na felicidade.
É por isso que a maior parte das vezes
há mais felicidade debaixo da capa de remendos
e na choça esburacada
que no brocado roçagante
ou no palácio encantado.
Tudo está no amor, fonte e mar, estrela e ceu, flor e fruto da verdadeira felicidade.
O antónimo do amor é o ódio.
Diz-se mesmo que o ódio é o amor às avessas.
É de Carlyle o pensamento.
O amor nasceu com a semelhança fundamental do homem com Deus.
O estado de justiça original era o reino do puro amor no homem.
A tentação demoníaca nasceu do ódio
A consequência foi o pecado odiento.