Domingo, 24 de Dezembro de 2006
Coelho de Sousa: Do amor e do ódio (IV)
Palestras de Domingo
Do Amor e do Ódio

Não somos absolutamente da opinião criticável de Mantegazza que afirmou
que o sentimento mais humano era o ódio.
Embora seja verdade que o que sucede ao muito amor, quando quebrado, é o rancor do ódio insatisfeito.
E o pecado original foi a quebra do amor inicial, paradisíaco.
No complexo racional humano é bem verdade que o ódio é paixão mais viva que a amizade.
Porque se o amor é elevação, compreensão, doação, atractivo que identifica e imola,
o ódio é despeito e vingança, crueldade e rancor, despotismo e cegueira, crime e desgraça.
Se um bem traz consigo um cento de virtudes, muitas vezes um mal, aqui o ódio, faz-se acompanhar de uma infinitude desgraçada.