Coelho de Sousa: Dois Poemas num Adeus (II)
DSousa, 02.03.07
Dois Poemas num Adeus
Adeus
E o corpo desmaiado
no colo da mãe caía;
E ela o corpo...só pesado,
Só mais pesado o sentia!
Não se lamenta, não chora,
E quase a sorrir dizia:
Que tem este filho, agora,
Que tanto pesa?... Não posso...
E uma a uma, osso por osso,
Com a mão trémula tenta
As mãozinhas descarnadas,
As faces cavas, mirradas,
A testa inda morna e lenta.
Que febre! Que febre! diz;
E em tudo pensa a infeliz,
Tudo que há mau lhe ocorreu
Tudo - menos que ( o filho) morreu!