Domingo, 4 de Março de 2007
Coelho de Sousa: Dois Poemas num Adeus (III)
Dois Poemas num adeus
Adeus

Como nos gelos do norte
O sono traidor da morte
Engana o desfalecido
que imagina adormecer,
Assim, cansado, esvaído
de tão longo padecer,
Já não há no coração
da mãe, força de sentir;
Não tem já lume a razão
Senão só para a iludir.
Acorda, oh! mãe desgraçada,
Que é tempo de despertar!
Anda ver a essa arrumada,
As luzes que ardem no altar.
Ouves? É a mansa toada
Dos padres a salmear!...