Coelho de Sousa: As nossas mãos... e as d'Ele...(V)
As nossas mãos
Andas sumido, esquelético
Mas que mal te sucedeu,
Menino?
Tinha guardada no bolso
a sombra densa das mãos
Que perdeu
logo ao romper da aurora
quando nasceu...
E agora
O seu destino
É comer
pelas mãos que não são suas!...
Mas porque choras, senhora,
se a criança é tão bonita...
É um retrato da mãe...
Que dita,
Nem é menino ou menina...
É um anjo!...
Mas por que chora
senhora?