Quarta-feira, 6 de Junho de 2007
Coelho de Sousa: De Porta em Porta (VII)
De porta em porta
(VII)
A Justiça Desprezada
E eu, justiça, fui de porta em porta ainda...
Mas esta multidão, assim enorme, infinda,
donde virá, aonde irá? Ao futebol ?
Talvez à praia ? Estava tão ardente o sol!
Não há tourada, hoje... E a verbena à lua
É no jardim à noite, e não assim, na rua...
Mas esta gente toda, assim, aonde irá?
Vão todos em silêncio... aonde irão? Sei lá!
E fui andando, andando... Eu já ia cansada...
Bati em toda a porta... Ninguém dizia nada...