Domingo, 10 de Junho de 2007
Coelho de Sousa: De Porta em Porta (IX)
De porta em porta
(IX)
A justiça desprezada

Abandonada e só, subia uma criança
Maltrapilha e triste, era a morte de uma esperança.
Sem que eu a boca abrisse, a perguntar me diz:
Quem sois assim estranha, tu também subis?
Alheia de mim mesma respondi: eu vou
aonde também fores...E eu quem sou? Eu sou..
Ah! desaparecera... Tinha-se ido embora,
aquela criancinha triste, encantadora
Não tinha a quem falar e não sabia nada...
Mas, em compensação, diante de mim, rasgada,
estava dando entrada, grande porta aberta...
Entrei também... Entrei. A sala estava deserta...