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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: O Grande Amor (I)

DSousa, 18.08.07


O Grande Amor

(I)




Há fogo numa casa, à beira do caminho.
O bom povo d'aldeia em ondas se aglomera;
Com medo vão fugindo as aves para o ninho;
aumenta mais e mais a subida cratera.


Ouve-se uma voz rouca, em tom desesperado:
-"Oh! salva-te mulher! É livre ainda a porta.
Não sejas avarenta: o cofre pouco importa;
Todo o valor que tinha eu tenho aqui guardado."


Branca como um fantasma, aflita, desgrenhada,
lá surge uma mulher daquela enorme chama,
levantando nas mãos o seu filhinho loiro,


Que mostra à multidão atónita, pasmada;
e, fitando o marido, altivamente exclama:
- Sou avarenta, sou! Contempla o meu tesouro!