Coelho de Sousa: Aquele Adeus era de Irmãos (III)
DSousa, 17.10.07
(III)
Ela
Irmão, tu dizes bem..
Senhor,
Perdoa,
Se recordar não é virtude boa...
Mas, quando veio a notícia
Que em Roma já não estava
O estudante de Múrcia,
E que ninguém o sabia,
Que toda a gente ignorava
O silêncio onde vivia,
Irmão, Irmão,
ai a dor!
Que varou em susto o coração!
Tinhas corrido ao deserto
por fazer da tua alma
um livro aberto
em amor, em graça, em calma!
E agora,
Meu Deus! Nossa Senhora!
Como tudo vem mudado...
Lá no Monte alcandorado
Irmão Bento
O teu convento...
E aqui na rasa planície
O Senhor me tem guardada...
A nossa vida é feliz, abençoada!
Para a maioria dos leitores, que não terão conhecimento dos factos que estão na na origem deste texto de Coelho de Sousa, aqui se reproduzem, tal como vêm descritos na Enciclopédia Verbo:
"Santa Escolástica,Monja, irmã de São Bento (c.480-c.547) Segundo os "Diálogos" de São Gregório Magno, teria sido consagrada à vida religiosa desde a infância, e veio a habitar com outras monjas perto do Mosteiro de Monte Cassino. Encontrava-se de vez em quando com o irmão para conversarem de assuntos espirituais. Numa ocasião obteve do céu uma tempestade para prolongar o colóquio espiritual. Três dias depois, São Bento viu a sua alma subir aos Céu em forma de pomba, e mandou enterrá-la no seu próprio túmulo".
"Santa Escolástica,Monja, irmã de São Bento (c.480-c.547) Segundo os "Diálogos" de São Gregório Magno, teria sido consagrada à vida religiosa desde a infância, e veio a habitar com outras monjas perto do Mosteiro de Monte Cassino. Encontrava-se de vez em quando com o irmão para conversarem de assuntos espirituais. Numa ocasião obteve do céu uma tempestade para prolongar o colóquio espiritual. Três dias depois, São Bento viu a sua alma subir aos Céu em forma de pomba, e mandou enterrá-la no seu próprio túmulo".