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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Aquele Adeus era de Irmãos (VI)

DSousa, 23.10.07


(VI)




Ele

Irmã, é já chegada a hora.
Pois não ouviste tocar
a sineta do convento?

Foi a chamar a completas...

E da regra o cumprimento
É para todos igual.
Não insistas mais,
por Deus te peço...

Importa o meu regresso.

Adeus!

Voltarei dentro de um ano!

Adeus!

Deixo-te a bênção dos céus,
no amor de Deus.

Pai... Filho... Espírito Santo...


Ela

E há-de ser por esse amor,
Que te não irás embora...

Oh! Céus... Valha-me Nossa Senhora!

(Chora)

Céus! Deus!
Oh! Senhor! Por teu amor!

É a derradeira vez...


Para a maioria dos leitores que não terão conhecimento dos factos que estão na origem deste texto de Coelho de Sousa, aqui se reproduzem, tal como vêm descritos na Enciclopédia Verbo:
"Santa  Escolástica,Monja, irmã de São Bento (c.480-c.547) Segundo os "Diálogos" de São Gregório Magno, teria sido consagrada à vida religiosa desde a infância, e veio a habitar com outras monjas perto do Mosteiro  de Monte Cassino.  Encontrava-se de vez em quando com  o irmão para  conversarem de assuntos espirituais. Numa ocasião obteve do céu uma tempestade para prolongar o colóquio espiritual. Três dias depois, São Bento viu a sua alma subir aos Céu em forma de pomba, e mandou enterrá-la no seu próprio túmulo".