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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Aquele Adeus era de Irmãos (XI)

DSousa, 02.11.07




(XI)






Ela

Tu bem sabes... quem eu sou...

Ele

Adeus, irmã...
Já não me podes prender...
Olha além,
Surge a manhã,
lá vem o sol a nascer...

Adeus!...

Ela

O sol! A hóstia grande dos céus
para a santa imolação
na ara da criação.

Adeus, irmão, Adeus...

Ele

Adeus... Até ao ano que vem...

Ela

Não... Agora, só além,
junto a Ele, esposo amado...
O nosso encontro acabado
neste mundo esta manhã
há-de ser recomeçado
Junto a Ele um dia além.

Adeus!

Ele

Deus te abençoe, minha irmã,
Adeus!





Para a maioria dos leitores que não terão conhecimento dos factos que estão na origem deste texto de Coelho de Sousa, aqui se reproduzem, tal como vêm descritos na Enciclopédia Verbo:
"Santa  Escolástica,Monja, irmã de São Bento (c.480-c.547) Segundo os "Diálogos" de São Gregório Magno, teria sido consagrada à vida religiosa desde a infância, e veio a habitar com outras monjas perto do Mosteiro  de Monte Cassino.  Encontrava-se de vez em quando com  o irmão para  conversarem de assuntos espirituais. Numa ocasião obteve do céu uma tempestade para prolongar o colóquio espiritual. Três dias depois, São Bento viu a sua alma subir aos Céu em forma de pomba, e mandou enterrá-la no seu próprio túmulo".