Coelho de Sousa: Natal - Sonetos de Expectativa e Consolo (VII)
DSousa, 31.12.07
(VII)
Se pesa a vida inteira nesse não
Que a mente não perdeu e não retiro,
Milhões de anos pesam num suspiro
Que trago recalcado em aflição.
E vejo a espada ígnea em tua mão,
Sou trânsfuga perdido e só deliro
Qual pródigo esquecido em seu retiro
Que chora o próprio sangue e o coração.
Assim não é viver. E sem alarde
Eu voltarei de novo. Não é tarde
Para escutar da tua boca: assim
Há tanto que te espero. Vem a mim.
Já vou. É um consolo a expectativa.
Terei certeza - amor. E vida viva.