Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (II)
Atirei pedras ao mar
Sem o mar me fazer mal.
Quanto mais pedras atiro
Mais o mar se fica igual.
Quantas pedras atirei
Todas se foram ao fundo.
Só não lhes posso atirar
Pedras que me atira o mundo...
Neste jogo de pedrada
Cada pedra cai na água.
Umas caem sobre o mar
Outras nas ondas da mágoa.
Mas o mar é sempre o mesmo
Por mais pedras que a onda leve.
Porém, eu, de tanta pedra
Sinto já a vida breve.
De Café com Natas a 12 de Abril de 2008 às 12:55
Que lindo poema este!
Pedras no caminho... quem as não tem.
Mas nem toda a gente consegue atirá-las desta forma.
Parabens!

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