Sábado, 2 de Fevereiro de 2008
Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (IV)

DO MAR E DA SAUDADE (IV)

Mas o mar me respondeu
Certo dia em maré cheia;
Cada pedra que me atiras
Não é mais que grão de areia.
E por mais areia junta
Nunca a praia terá jeito
Que se igual ao areal
Que trazes dentro do peito.
A tua alma é um mar
Muito maior do que eu.
Quanto mais pedras me atiras
Mais pedras ficam no teu.
Escuta pois meu amigo:
Não vale a pena atirar...
Se este jogo não acaba
Porque te estás a cansar!