Coelho de Sousa :Reportagem
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Grilos, cantam lá fora a melopeia eterna
Do vosso gri gri
ao luar.
Aqui
Monotonia suprema
dum relógio
Com tensão altíssima
no andar.
E a luz amarela
a bater de chapa
fazendo ao lápis e aos dedos
O arabesco
dos meus segredos
de aguarela.
Um calendário parado
Ficou em Maio;
Num boneco arreganhado
Para uma rosa em desmaio
Há livros e postais
Dispersos sobre a mesa
Há dois sobrinhos vindo
e um terceiro que reza
Lá fora um mar de grilos
Grigri, grigri
Aqui,
Os trilos
da minha ilha encantadada
onde eu vou
E tudo o que é meu,
É meu
E eu sou. Sou.