Terminamos hoje o 1.° mês destas simples e pobres migalhas. Continuaremos a pensá-las e publicá-las com a mesma certeza que a mãe ou o padeiro preparam o grão e a massa para fazer o pão que é a soma de muitos miolos ou migalhas.
Tudo é pão. Ora mais macio, ora mais duro! Pão e roupa, uma semana melhor que outra. Assim a fala. Assim os escritos.
Só que, da multiplicação dos pães o Senhor não quis que se perdesse migalha. Restaram sete cestos duma vez. E doutra doze. Os sete sacramentos? As doze tribos de Israel... E mais significados ou figuras? Lembra. Soma.
O que interessa é que não caia migalha em vão. Há sempre um pobre carente da migalha que cai da mesa do Senhor. Até os cachorrinhos delas se alimentam. Dizia o Padre Manuel Bernardes, grande estilista e prosador: O pão partido aos bocadinhos sabe melhor. Aproveitemos.
O amor é forte como a morte, e a paixão é violenta como o abismo. É uma chama ardente, um fogo divino, as águas torrenciais não conseguem apagar o amor, nem os rios o podem submergir. Cant VIII, 6
Que poderemos oferecer ao Senhor por tudo o que nos deu? Ele é tão bom que não nos exige retribuição: contenta-se com a gratidão do nosso amor. S. Basílio
Deus é amor. Assim o amor fosse sempre Deus. O amor tudo vence. Como é que há tanta gente derrotada por causa do amor?
Porque a caricatura do amor... é derrota. Coelho de Sousa
O amor é forte como a morte, e a paixão é violenta como o abismo. É uma chama ardente, um fogo divino. As águas torrenciais não conseguem apagar o amor, nem os rios o podem submergir. Canto VIII, 6
Ainda que nos alimentemos d'Ele pelo amor, ainda que O saboreemos pelo desejo, continuaremos sempre famintos do seu amor. S. Columbano
A fome e sede do amor são insaciáveis. Tal como a inquietação amorosa de que nos falou Santo Agostinho. Se Deus é amor, e foi por amor que Deus nos fez à sua semelhança, eis a razão porque o amor tem essência de infinitude. E só o Amor-Caridade é eterno e infinito como Deus. A bem-aventurança é amor eterno. Coelho de Sousa
O verdadeiro amor começa dentro de nós e logo se reparte pelos nossos, sem egoísmos soberbos, vaidosos ou narcisistas.
E é mesmo assim. Mas, com a graça de Deus, e com a nossa generosidade que Ele sempre aumenta, nós podemos e devemos ir mais longe, amar até os nossos inimigos. Foi Ele que o disse. E tem que ser assim. Embora custe tanto, às vezes.
Por isso, o grande apóstolo dos leprosos Raul Follerereau(1903-1977) nos deixou uma linda oração: «Senhor, ensina-nos a não nos amarmos a nós próprios, a não nos contentarmos a amarmos os nossos, em amar aqueles que nos amam.
Ensina-nos a não pensar senão nos outros. A amar primeiramente os que não são amados. Inquieta-nos com o sofrimento dos outros.
Senhor, tem piedade de todos os pobres do mundo e perdoa-nos por os termos esquecido tanto tempo.
Senhor, não permitas que sejamos felizes sozinhos.
Dá-nos a angústia da miséria universal e livra-nos de nós próprios, se for essa a Tua vontade».
Só a oração bem feita descobre esta sempre alegre notícia: Deus é amor. Vivamos o amor.
Era a 7 de Março que antigamente a juventude estudantil dos Seminários de Filosofia evocava e vivia a mensagem do grande sábio da Idade Média - Tomás de Aquino.
Ou seja o «mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios» como ficou conhecido, não só por causa dos seus malabarismos escolásticos, mas por ser um luminar de virtude em que a humildade nunca lhe deixou a vaidade suplantar o gigantismo do seu talento luminar.
Companheiro e discípulo de Alberto Magno, deixou-nos um valiosíssimo espólio científico que lhe mereceu o título de doutor angélico.
Embora hoje os seus processos de raciocínio e até de ensino estejam algo recuados com os avanços das ciências modernas ou dinâmicas, a verdade é que as suas profundas reflexões sobre a Revelação Divina, são base de muitas conclusões do Concílio Vaticano ll.
E já se nota, por toda a parte, um notável regresso à ciência Tomista.
Quantos homens válidos há por esse mundo, no nosso país e na nossa Região, que devem tanto a S. Tomás de Aquino cuja festa hoje se celebra.
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