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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

"Na Rota da Emigração Amiga": Coelho de Sousa parte para o Canadá

DSousa, 05.03.05

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Deixar os Açores, e por mim a Terceira, rumo à estranja, terras por onde se derramam multidões emigradas, sobretudo açorianas, não é coisa fácil para quem sempre viveu agarrado, de alma e coração a estas pedras roliças e trementes que são as nossas ilhas, perdidas neste mar de mistérios e riquezas atlânticas.


Mas era preciso sair. Distrair. Descansar. Alargar horizontes. Alargar os que se têm neste aperto ilhéu, convulsionado e cansativo, esgotante, e abrir o peito e o espírito ao carinho acolhedor, ao abraço amigo, dos que emigraram e não esqueceram o berço de origem e esperam e aceitam, carinhosamente, a visita do irmão, parente ou amigo, que leva daqui consigo e com certeza sincera, a saudade inesgotável e a vontade de servir o melhor que sabe e pode.


E foi assim que eu parti desta querida Terceira, nos fins de Julho, para o Canadá, Toronto e Oackville, com vontade de descansar de trabalhos e recuperar saúde de enfermidades perigosas e desgastantes".

"Boa Nova": Os Caminhos da Sabedoria

DSousa, 02.03.05

sabedboticeli.JPG A Sabedoria foi criada antes de todas as coisas e a inteligência prudente existe desde sempre. A fonte da Sabedoria é a palavra de Deus nos altos céus e os seus caminhos são preceitos eternos. Ben. Sira 1,4


Dai a concórdia e a paz, a nós todos os habitantes da Terra como a destes a nossos pais quando Vos invocavam santamente com toda a confiança e sinceridade de coração. S. Clemente


É cada vez mais urgente a concórdia e a paz entre todos os habitantes da Terra. Mas para o conseguirem, importa que os homens bebam na fonte da Sabedoria e ganhem mais confiança uns nos outros. Coelho de Sousa


sabedatena.JPG A caridade e o caminho das boas obras procedem de Deus. O erro e as trevas existem para os pecadores, e os que se comprazem no mal, no mal envelhecerão. O dom do Senhor permanece no homem justo. Ben. Sira XVI, 12


 Se fazemos bom uso destas energias recebidas levaremos com amor uma vida cheia de virtudes; mas se fazemos mau uso delas, viciamos a sua finalidade. S. Basílio Magno


Anda tanta gente com os caminhos trocados neste mundo, porque as ideias e os sentimentos estão pervertidos. A poluição moral é cada vez mais apavorante porque se mudou o sentido à verdadeira vida digna. Coelho de Sousa

"Migalhas": Boas e más rotinas

DSousa, 01.03.05

height=86 alt="sementeira van gogh.bmp" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/sementeira van gogh.bmp" width=115 border=0> Vamos entender-nos: nem tanta novidade que atrofie a persistência, nem tanta rotina que tire o valor à originalidade imaginativa, bem pensada e melhor vivida.

Assim não vale a pena repetir o mal. Mas o bem temos que repeti-lo sempre e cada vez melhor em toda a nossa vida.

Por isso imprimir novidade, originalidade, estilo próprio aos nossos actos de vida autêntica para ser digna, e edificante, é urgente. Mas há que libertar-se da inconstância que é volubilidade perigosa.

Persistir com decisão convicta não é rotina lastimável, porque as virtudes sólidas adquirem-se com a sã e justa repetição de actos bons.

Pois ser rotineiro no mal é que é uma desgraça.

Ser persistente no bem é santidade nobre, exemplar.

Só que os verdadeiros santos nunca foram rotineiros, nem sequer no exercício do bem.

"Migalhas": Amarfanhante rotina

DSousa, 01.03.05

height=140 alt=rotina.JPG src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/rotina.JPG" width=200 border=0> A rotina é terrível. Cansativa. Amarfanhante.

Tudo o que se faça por rotina é fosco, sombrio na cor. E no sabor é insonso e repelente.

Porque não és frio nem quente - és morno, rotineiro - provocas o vómito. Enojas. A companhia dos rotineiros, no trabalho, no jogo, na arte ou na religião, é incómoda. Ninguém sabe de que lado sopra o vento. É uma incógnita indecifrável. Nem é doce nem amargo. Insípido, é o que ele é.

A rotina é monocórdica. Toca sempre a mesma música. Normalmente em tom menor. É triste. Talvez faça chorar de lástima. E quando fala é monótona. No diálogo é repetitiva, atrofiada.

O passado é história morta. O presente agoniza e o futuro desespera. Ou então encolhe-se na misantropia do solilóquio retraído.

Por isso na variedade equilibrada, está a beleza e alegria, a simpatia e santidade duma vida com altos e baixos e muita coragem confiante.

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