Não faças a ninguém o que não queres que te façam a ti. Reparte o teu pão com os famintos e indigentes. ...Busca sempre o conselho de uma pessoa prudente.., Tob. IV, 16-17
Toda a regra de vida que procura o Amor de Deus e que por Ele, com maior sinceridade procura o amor do próximo, sejam quais forem as suas práticas e o porte exterior, é sempre agradável a Deus. Stº. Isaac .
São irmãs, a caridade e a justiça. E um bom conselho, nunca, pode prescindir destas duas virtudes. É por elas e com elas que se gera o respeito mútuo, a concórdia, a paz, de que tanto carece a sociedade actual. Coelho de Sousa
O Senhor é espírito, e onde está o espírito do Senhor está a liberdade. E foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. II Cor. llI, 17
Cristo forma-se, pela fé, naquele que acredita, no homem interior chamado à liberdade da graça, manso e humilde do coração, que não se envaidece com os méritos das suas acções, que nada valem, mas atribui o mérito à graça divina. Stº Agostinho
Liberdade, Libertação, duas palavras essenciais na semelhança do Homem com Deus. Pelo mau uso da liberdade a desgraça. Pelo bom uso dela a graça na libertação em Cristo. Entenderão todos a noção exacta destas verdades? Coelho de Sousa
Isto de ir com os outros, é preciso saber-se com quem, por onde e para onde vamos.
Como vamos e porque vamos com os outros. Nunca seja, deixarmo-nos levar sem mais nem menos.
Não é vaidade nem soberba ajuizar que somos todos melhores uns que outros.
Há muita companhia boa e séria. E há muito caminho bom que importa trilhar na vida.
Pois ninguém vive só com proveito total. Todos precisamos uns dos outros.
Conviver e comunicar em sociedade. Mas há caminhos que são autênticas veredas que levam a abismos de mal. E há companheiros maus que trocam a rectidão do passo pela traição do desvio mortal.
Os homens venceram distâncias de terra, mar e ar por caminhos ínvios e descobriram e gozaram maravilhosas riquezas do espírito e do corpo.
O progresso resulta dos bons passos nos melhores caminhos. E de mãos dadas.
Mas as corrupções poluidoras, as desgraças mortais, nas catástrofes e guerras humanas são sempre fruto de maus passos em maus caminhos.
Todo e qualquer jogo sujo na vida das pessoas é condenável.
Muito mais quando se pretende fazer jogo suja nas coisas de Deus.
Há por aí, às vezes, tanta mentira sagrada! Tanto fingimento religioso. Tanta mansidão assolapada. Tanta caridade interesseira. Tanta piedade postiça. Balofa ou rotineira.
Quem não quiser sentir-se dividido, remordido de escrúpulos, atormentado de remorsos, inquieto, amedrontado, ou amargurado, seja limpo e sincero com Deus e com os irmãos.
A não ser assim, dentro em pouco andará possesso de contradições pavorosas, de pega-larga, sobe e desce. O espírito a puxar para cima e o corpo a derriçar para baixo.
A fé que resta a urgir compromisso fiel. A descrença, entibiada, agnóstica, a desleixar-se, a afastar-se, a aniquilar-se.
Que grande verdade está expressa naquela bem-aventurança divina: felizes os limpos do coração: Limpos da cabeça e das mãos. De vida limpa.
Infelizmente está sendo cada vez mais verdade, que há muita gente que só se lembra de Santa Bárbara quando faz trovões.
E o mesmo do próprio Deus ou Nossa Senhora.
Quando se está doente, se faz um negócio difícil, se chegou a uma situação embaraçosa, passagem no exame seja doutor ou condutor, seja para o emprego de presidente de qualquer assembleia seja para cantoneiro ou coveiro.
Aí valha-nos o Senhor dos Aflitos, Nossa Senhora dos Milagres, e Santa Rita das coisas impossíveis.
Que Stº António fica para os casamentos, e Santo Antão para a reino animal e achaques de perna e peito.
É o chamado interesseirismo religioso... A que não faltam superstições condenáveis. . .
Como se Deus fosse banqueiro, cobrador de impostos, médico de serviço no banco, Director da Caixa de Previdência e os Santos, até o Divino Espírito Santo, funcionários da Assistência.., com empenhos, compadrios e tudo...
Estás em dia com a tua Fé autêntica?
Ou és apenas um rotulado de baptismo irresponsável?
Ser alegre é um dom maravilhoso com que a natureza nos enriqueceu.
A verdadeira alegria é expansiva. Dá-se. Não se fecha egoisticamente em si.
Ter alegria e comunicá-la é tornar o próximo participante dos nossos êxitos e satisfações.
Porque a verdadeira alegria é harmonia, equilíbrio, amor.
E o amor autêntico nunca se conjuga no singular nem de trombas caídas.
Ainda que o trabalho pese, o sacrifício incomode, o contratempo dificulte, a verdadeira alegria é pacífica, confiante, corajosa.
E não se trata de alegria tantas vezes, forçada como a do sagaz palhaço, que faz rir, quem sabe, com vontade de chorar.
Ninguém nos pede que sejamos palhaços.
Mas os santos sabiam rir, espiritualmente, na hora do martírio ou provação dolorosa.
E nós temos vocação de santos.
Ninguém deve ser juiz precipitado contra ninguém.
Nem sequer contra si.
Também para julgar com prudência ninguém o pode fazer sem ver, pesar e medir primeiro todos os prós e contras, que são causas, atenuantes ou consequências da questão ou pessoa em julgamento.
Ver, julgar e agir são três verbos activos, que constituem a melhor forma de rever e renovar, para aprovar ou reprovar o que seja bom ou mau, na vida tanto nossa como dos outros, o nosso próximo.
E se quando temos que julgar nos colocarmos humildemente no lugar de quem é objecto desse julgamento, talvez sejamos mais compreensivos e indulgentes.
É verdade que perdoar não é aprovar o mal, mas ninguém perdoa se não for amigo, irmão, amoroso.
É preferível sermos mais duros para nós próprios do que para os nossos irmãos.
Ser verdugo para os outros e passa-culpas para si não é cristão.
Será talvez mais cobardia.
E isto é péssimo.
Quando te sentares à tua mesa cheio de fome e te vejas diante de boas iguarias, mesmo que sejam simples e modestas, mas abundantes e saudáveis, lembra-te de tantos milhões que por esse mundo fora não têm um bocado de pão que, os livre da miséria.
E talvez ,tantos que nada têm que os alimente com a indispensável parcimónia da simplicidade.
É ou não verdade que Deus deu a terra a toda a pessoa humana?
Não distinguiu raças. Nem definiu zonas de riqueza arquimilionária e miséria infra-humana.
Então porque há-de o homem dividir tão injustamente os bens que Deus lhe deu para os administrar com todos os seus talentos?
Todos tem direito ao Pão-nosso de cada dia.
Não te levantes da mesa sem pensares em tantos milhões que nem sequer mesa têm.
O pão-nosso-de-cada-dia não é só para ti, que o suplicas quando rezas.
Pão-nosso é de todos para todos.
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