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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

"Migalhas":A grande Verdade

DSousa, 28.08.05

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Ter fé não é simplesmente pensar como católico, é sobretudo viver como cristão.


 E quando não se pensa como se vive, acaba se sempre por viver como se pensa.


E vai daí que há tanta vida errada porque é no erro que se estriba tal vivência.


Como é que se pode ter Fé, quando não se ama?


 O amor é essencial na Fé.


São três grandes virtudes da vida teologal.


Mas a que permanece eterna e essencial é a Caridade.


 Fé e Caridade são um todo.


Lembremo-nos que o nosso julgamento não vai ser só de crenças mas sim das obras.


E estas têm que ser de amor e por amor.


Havemos de dar contas muito sérias pelo uso ou abuso deste dom gratuito do Espírito que recebemos no nosso baptismo.


 Fazer uso da Fé é confiar e amar sem medida.


Isto é o mesmo que ser verdadeiro, autêntico.


 Cristão de Fé viva. Sem fingimentos.


És assim?

"Migalhas": A grande Caminhada

DSousa, 28.08.05

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Não é uma nuvem que se ponha diante do Sol que me fará negar a existência do astro-rei.


Nem o facto de qualquer um de nós ser atacado por forte fastio nos tira a obrigação de nos esforçarmos por uma alimentação eficaz.


Portanto, não é uma sombra na Fé que me vai levar à descrença em Deus, na sua e nossa Mãe...


Nem sequer serão os defeitos humanos, que me levarão a descrer da santidade cristã da Igreja.


Mesmo humana, deve ser reino de justos, o povo de Deus que nós somos pelo baptismo.


Já  sabemos que até o justo pode ter infidelidades.


 Não deve é demorar-se voluntária e conscientemente, nelas.


Lá por a noite ser escura, nem por isso deixa de ser útil à vida universal.


Depois da noite, vem sempre um dia claro, esclarecedor.


Assim na dura caminhada da Fé.


Na luta contínua pela Verdade que é a Luz e Vida.


Coragem.

"Migalhas":A Grande Procura

DSousa, 28.08.05

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Dizem os entendidos nestes problemas da Fé que procurar a Deus com frequência e sem perder a coragem;


 Se Ele tarda (parece-nos) em manifestar-Se;


Pode ser uma caminhada mais meritória e mais eficiente do que o repouso tranquilo da sua posse.


Dizia Mounier que há uma Fé confortável e também pode haver uma incredulidade confortável.


 O Martin du Gard dizia que o que importa não é crer ou não crer, o que conta é a maneira como se acredita ou como se nega.


Haverá sempre dúvidas, sombras, lutas, períodos fortes e fracos, claros ou nublados.


O que interessa é lutar sem ilusões nem preconceitos.


Santo Agostinho bem sabia por que dizia que estamos sempre inquietos.


O que importa é servir, combatendo o bom combate concluiria S. Paulo.


E ninguém se pode furtar a esta batalha de heróis.

"Migalhas": A Grande Perda

DSousa, 28.08.05

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Perder um amigo é uma desgraça enorme.


 Pecar é perder a amizade de Cristo que é o nosso melhor amigo.


Logo uma desgraça terrível.


E se não se dá o encontro recuperante nesta vida e assim se chega ao fim da meta de relações cortadas com Deus o que é que nos pode suceder?


Se da nossa parte não houver a vontade de regressar e pedir perdão, mudando o passo e o rumo da vida, o fim não vai ser famoso.


Antes pelo contrário.


Só resta o castigo, por mais misericórdia que exijas de Deus-Pai.


Repara nos dois ladrões crucificados ao lado de Cristo.


Ambos tiveram vida má neste mundo: assassinos e ladrões.


Um olha para si e para Deus, arrepende-se vai para o Reino de Deus.


O outro não olha para si, desespera, não aceita Cristo, não quer o seu Reino...


Perde-se.


Melhor fora não ter nascido.


Já pensaste bem nestas realidades actuais?

"Migalhas": A vida nova

DSousa, 21.08.05

 


A vida nova não quer dizer ter poucos anos.


Abraão era tão velho e Deus deu-lhe vida nova.


A vida de Fé nunca deixa envelhecer.


Renova-se sempre.


O escriba sabe tirar da sua escrita coisas novas e coisas velhas.


Do livro de Deus, a Escritura, por mais antiga que seja no tempo, é sempre nova no Espírito que a vivifica.


E a nós também dá vida nova.


A vida de verdadeiros filhos e irmãos na família divina de Deus.


Na Carta aos Colossenses, SãoPaulo, IV, 9,10 lembra-nos que devemos lutar contra os vícios capitais, «porque nos despimos do homem velho com as suas paixões desordenadas e nos revestimos do homem novo, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.


Despojemo-nos do homem velho pecador.


Vamos vestir-nos, todos, do homem novo com justiça, verdade e amor.

"Migalhas":A responsabilidade colectiva

DSousa, 21.08.05


Há muita gente que se diz cristã mas não quer aceitar uma realidade que enegreceu a história da humanidade ou seja o pecado, cujo preço é a morte.


 Inclusive a do libertador, exactamente para nos conseguir a salvação plena, eficaz.


A libertação total da escravidão do mal.


Agora só se perde quem abusar da sua liberdade, a maior riqueza que define o próprio homem.


Só que já ninguém pode pensar apenas no pecado individual.


Todos temos que ter consciência do pecado colectivo.


Porque hoje o homem não quer nem pode ser sub-homem, nem tão pouco super-homem.


São dois extremos perigosos, desumanos.


Mas o homem livre e solidário, todos querem sê-lo.


Mas, em pecado colectivo, ninguém é individualmente livre.


Nem colectivamente.

"Migalhas":A paz irmã da justiça

DSousa, 21.08.05


O Sínodo dos Bispos realizado em 1971, em documento universal da Igreja fala-nos abertamente da «situação de injustiça e opressão» uma vez que o mundo está hoje nitidamente marcado pelo grande pecado da injustiça».


Num dos dias Mundiais da Paz, afirmava-se pela voz do Papa.


«Se queres a Paz, faz a Justiça».


Ora é precisamente o verdadeiro sentido de Justiça que falta muitas vezes na vida dos próprios cristãos a todos os níveis pessoais e comunitários.


Assim como a sociedade perfeita não se faz desprezando a sua célula básica que é a família, justamente respeitada.


Assim, a própria Igreja que é, basicamente, a família ampliada com justiça a todo o imundo.


É a catolicidade da justiça, irmã do amor, que fará a verdadeira paz cristã ideal para todo o mundo.

"Migalhas":O verdadeiro cristianismo

DSousa, 21.08.05


É preciso ultrapassar aquele cristianismo que só luta individualmente contra o mal no interior de cada um de nós.


Portanto, nas nossas relações interpessoais imediatas.


 Isto é imprescindível e tanto bom seria que todos vivêssemos este empenho de moral privada ou clássica pessoal.


Mas não podemos reter-nos neste individualismo espiritualista limitado.


Nem sequer só na vida familiar particular.


A nossa missão é católica, cósmica, universal e ecuménica.


Todo o mundo, a humanidade inteira, tem de ser objecto da nossa acção apostólica, comprometida.


Aqui o espírito e acção missionária, até no próprio meio restrito em que vivemos.


É esta dimensão social do nosso cristianismo que nos tem falhado muita vez...


E vai falhando cada vez mais.


Cristo tem que chegar todo a todos, com harmonia. Isto é, com justiça e amor.


 Sem fronteiras.

"Migalhas":Formar e transformar

DSousa, 14.08.05

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Porque é que a vida de muitas associações de piedade e acção apostólica não dão um rendimento visível e estimulante?


A maior das vezes é porque elas não se alimentam do pão da palavra divina e a põem em prática em todos os aspectos da existência cristã.


 A Fé, muitas vezes, não informa a nossa vida actual.


E por isso o cristianismo que temos ou somos é uma fantochada triunfalista sem incarnação vital.


 Não forma nem transforma.


Por isso, não reforma ou renova a vida que importa ser bem vivida em qualquer idade ou situação.


Todos fomos escolhidos e eleitos para sermos glorificados em graça actuante e eficaz.


Um por todos e todos por um.


Este é o compromisso libertador.

"Migalhas": Em vez do ritual, a Vida!

DSousa, 14.08.05

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Se todos tivéssemos a consciência bem formada acerca da natureza e eficácia dos sacramentos somente recebidos e vividos, quão diferente seria o rosto da Igreja que somos todos!


Mais de que uma série de ritos bem ou mal executados, mais ou menos ritualistas, fossem actos conscientemente preparados e saboreados, quanta negligência e apatia seria banida no testemunho profético da nossa Fé cada vez mais exigida na vida actual.


É preciso acabar com um tipo de sacramentalismo ritual, preceitualista, desencarnado da vida real.


É preciso que o cristão insufle em toda a sua vida o compromisso apostólico do próprio sinal personificado que é de Cristo no Mundo.

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