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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

"Boa Nova": Ser Cristão

DSousa, 22.09.05

 


 Conheceis a generosidade de N. S. Jesus Cristo: Ele que era rico,fez-se pobre por nossa causa. Para nos enriquecer pela sua pobreza. II Cor VIII, 9


Ó homem, com que coragem ousas pedir o que recusas dar aos outros? Quem deseja alcançar misericórdia no Céu, deve praticá-la neste mundo. S. Cirilo de Arles .


Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti.


Amar o próximo é ser-se capaz de dar mais do que receber, de servir mais do que servir-se.


Isto é ser cristão.


Coelho de Sousa 

"Boa Nova": O Estandarte

DSousa, 22.09.05


Entrai, entrai pelas portas, abri o caminho ao povo, aplanai, aplanai a estrada, retirai dela as pedras, levantai um estandarte para os povos. Is. 62, 12 .


O amado gera o Amor e a luz material gera a luz inacessível: este é o que chamam filho de José e é também o meu Unigénito, segundo a essência divina. S.to Hípólito


Deus fez-nos imortais.


 Pela água do Baptismo tornou-nos incorruptíveis.


Insuflou em nós o seu Espírito.


Como é que há Cristãos que conseguem viver, esquecendo ou ignorando toda esta divinação misteriosa mas real do homem?


Que fazem do nosso estandarte?


Coelho de Sousa

"Boa Nova":O Estandarte

DSousa, 22.09.05
O estandarte

Entrai, entrai pelas portas, abre o caminho ao povo, aplanai, aplanai a estrada, retirai dela as pedras, levantai um estandarte para os povos. Is. 62, 12
.
O amado gera o Amor, e a luz material gera a luz inacessível, Este é o que chámam filho de José e é também o meu Unigénito segundo a essência divina. Sto. Hipólito
Deus fez-nos imortais. Pela água do Baptismo tornou-nos incorruptíveis. Insuflou em nós o seu Espírito.
Como é que há Cristãos que Conseguem viver, esquecendo ou ignorando toda esta divinação misteriosa mas real do homem. Que fazem do nosso estandarte? Coelho de Sousa

"Boa Nova": Fazer o Bem

DSousa, 22.09.05

 


 


Reparte o teu pão com o faminto e dá pousada aos pobres sem abrigo. Então a tua luz despontará como a aurora e a tua justiça irá à tua frente. Is. 38, 7


 


Se amas somente os bons discípulos, não terás, nisso mérito algum, o mérito está em ganhar pela bondade a confiança dos piores. S.to Inácio de Antioquia


 


Há cada vez mais pobreza em todo o mundo.


 E talvez muito pior que a pobreza material está a pobreza espiritual dos ignorantes voluntários que vivem na pior miséria.


Apesar de tudo o bom apóstolo nunca abandona os problemas difíceis.


Coelho de Sousa

"Boa Nova": A Escuridão

DSousa, 22.09.05

 


"A dormição da Virgem" de Teófano, o grego



 


 Eu sou o Senhor: este é o meu nome.


Não cedo a outrem a minha glória, nem aos ídolos o louvor que me é devido. Isaías 42, 8 .


 


Iluminai, Senhor, os vossos fiéis e acendei os seus corações nos esplendores da vossa glória, para que reconheçam a todo o momento o seu Salvador, e de verdade se entreguem a Ele. Oração do Ofício dos Reis.


 


Abusa-se tanto da noite, O império das trevas interiores, a escuridão maldosa, é um maléfico tipo de poluição social que muita gente ignora e escamoteia .


É assim que se apaga a Luz da Graça em tanta vida. Coelho de Sousa

"Boa Nova": A (des)medida

DSousa, 14.09.05

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 Dai e dar-se-vos-á.


 Uma boa medida cheia, a transbordar.


 Com a medida com que medirdes vos será medido. Luc. VI,38


A terra produz os seus frutos, não para usufruir deles, mas para teu proveito.


Tu, porém, podes recolher os frutos da tua beneficência, uma vez que a graça e o prémio das boas obras revestem em benefício dos que as fazem. S. Basílio Magno .


A generosidade e a justiça não são inimigas.


Antes se complementam na medida em que são reflexos do mesmo prisma de amor.


E a medida do bom amor é amar sem medida. Coelho de Sousa 

"Boa Nova": Desce o orvalho...

DSousa, 14.09.05

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Disse-me o Senhor: Não basta que sejas o meu Servo para restaurar as tribos de Jacob e seduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da Terra. Is. 49, 6


 Deus fez-Se homem, para que o homem se tornasse Deus. Para que o homem comesse o pão dos Anjos, o Senhor dos Anjos se fez homem. Sto. Agostinho


Cumpriu-se a profecia de Isaías:


Desce o orvalho dos altos céus e as nuvens chovem o justo.


 Abra-se a terra e germine o Salvador.


Ele está no Meio de Nós.


Quem é que dá por Ele em casa, na rua? No trabalho e no descanso? Em si e no Irmão?


Tanta chuva de graça mal saboreada. Coelho de Sousa

"Boa Nova": O Trabalho é mesmo uma cruz?

DSousa, 14.09.05

height=320 alt="http www ibiblio org wm paint auth mantegna calvary jpg 14-09-2005 14 30 55.jpg" src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/http www ibiblio org wm paint auth mantegna calvary jpg 14-09-2005 14 30 55.jpg" width=143 border=0>  Qualquer que seja o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como quem serve ao Senhor e não aos homens, certos de que recebereis como recompensa a herança do Senhor. Col III, 17 .

É com o seu trabalho que o homem sustenta a própria vida e a dos seus; por meio dele se une e serve aos seus irmãos, pode exercer caridade e colaborar no acabamento da Criação divina. Vat. II G.S. 67 .

 Há tanta falta de emprego como falta de trabalho?

Ou há mais falta de vontade de trabalhar, com perfeição e sentido de poupança e respeito por si e pelos seus?

Será que a justiça social digna está remunerando dignamente todo o trabalho?

Ou há desproporções escandalosas nos salários da Social Democracia Portuguesa? Coelho de Sousa

Coelho de Sousa: Um testemunho

DSousa, 03.09.05
Há poucos dias, recebi o seguinte cartão, acompanhado de cópia do artigo a que nele se faz referência e de que reproduzo parte.

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 Agora que tive conhecimento da sua morte, as suas palavras ecoam-me nos gonzos da memória. Meu saudoso professor de português no então Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, foi pela mão dele que eu iniciei a aventura da escrita. Dificilmente esquecerei aquele dia em que ele confirmou, numa aula, a existência de Deus, nestes termos: “Deus existe. Nunca O vi, mas sei que Ele existe. Também não vejo o vento, mas sei que ele existe porque o sinto a bater-me na cara”.

Referência indelével no imaginário de várias gerações de estudantes, o “padre Coelho” (como era popularmente conhecido) possuía o charme discreto de quem nunca deixou de sonhar intensamente. Foi um padre “progressista”, na verdadeira acepção da palavra. Mas sempre se assumiu como homem do povo, mantendo-se fiel às suas origens humildes e populares. Poucos como ele estiveram atentos às manifestações da cultura popular terceirense. Ele amou profundamente o seu povo.

Com o povo viveu, festejou e sofreu. E exerceu o ministério sacerdotal de forma apaixonada. Sempre de forma apaixonada.(…)

Vivendo no microcosmo da ilha Terceira, o padre Coelho de Sousa foi um homem profundamente universal. Ele sentia em si todo o Universo e toda a dor do mundo. Viveu de actos e palavras, notabilizando-se como orador sacro: denunciou a falsidade, o egoísmo, a injustiça, o cinismo, a corrupção e a insensatez dos homens. (…)

Nas suas crónicas, Coelho de Sousa assumiu sempre a lucidez de uma consciência critica perante o mundo que o rodeava.

Aliás convirá aqui referir que, em tempos de repressão fascista, ele foi a coragem e a voz resistente — no púlpito, na escrita e aos microfones do Rádio Clube de Angra, de que foi director.

Eloquente e afável, Coelho de Sousa foi um homem da metáfora poética(…)

A obra poética de Coelho de Sousa espelha bem a lucidez fascinante do seu autor. Poeta do humano e do simbólico, a sua poesia conta e canta a trindade Criador-Amor-Ilha, e é atravessada por esse amor pressentido, luminoso e feliz.

Pintor que também foi, Coelho de Sousa retratou a alma humana no tempo da angústia e da solidão enorme.

E fixou, em tintas de esperança, a evidência e a plenitude do amor.

“A minha guerra é de Amor”, escreveu num dos poemas insertos em “Três de Espadas”.

A vida de Coelho de Sousa não foi outra coisa senão isso mesmo: uma guerra de. amor ao próximo.

Afinal Deus existe! E, decididamente, o Padre Coelho está vivo.

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