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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: O Homem que não Cabia Dentro do Padre (I)

DSousa, 20.10.05

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(Texto do Professor Doutor Manuel Luís Fagundes Duarte, utilizado na sessão comemorativa do 10º aniversário da morte (2/9/1995) e 81 anos do nascimento (30/9/1924) do P.e Coelho de Sousa, e publicado no Diário Insular de 20/10/2005)

 

Muito se escreveu sobre a pessoa e a obra do Pe.Coelho de Sousa — o Padre Coelho - como era por todos conhecido—,e muito haverá ainda para se escrever sobre este homem multifacetado que nasceu na Vila de São Sebastião no dia 30 de Setembro de 1924, que ali viveu grande parte da sua vida, e que ali produziu uma obra literária e de oratória sacra de grande valia, e que enriquece e enche de orgulho a cultura açoriana.

 E valerá a pena recordar,mesmo de passagem,o que sobre este poeta e orador escreveram personalidades como Dionísio Sousa, José Enes, José Lúcio Sampaio, Júlio da Rosa, Esaú Dinis, Caetano Valadão Serpa, Artur Goulart, Valdemar Mota, Álamo Oliveira ou Eduardo Ferraz da Rosa — pessoas ilustres que o conheceram, que com ele conviveram, que estudaram a sua obra, e que sobre tudo isto já deram notícia.

A propósito desta efeméride do Pe. Coelho, foi preparada e lançada uma segunda edição do seu primeiro livro de poesia, Poemas de Aquém e Além, publicado há exactamente cinquenta anos e há muito esgotado, e que agora fica à disposição dos leitores em geral.

Por esta iniciativa de Dionísio de Sousa e da Junta de Freguesia de São Sebastião, estou eu, e deveremos estar todos, muito reconhecidos.

 Se, como escreveu o Pe. Júlio da Rosa, num texto de homenagem ao nosso poeta publicado em 2001 nas páginas do Diário Insular, “O Pe. Coelho não pode morrer”, a única maneira de não se deixar morrer um poeta é editar-lhe e publicar-lhe a obra.

E depois promover a sua leitura, o seu conhecimento e o seu estudo.

Nesta matéria, a Junta de Freguesia de São Sebastião deu um precioso contributo patrocinando a reedição dos Poemas de Aquém e Além.

Esperamos agora que os professores de Português das nossas escolas adoptem, nas suas aulas, os poemas (e outros textos) do Padre Coelho de Sousa.

O que terá uma dupla utilidade: mostrar aos nossos jovens como se fala e escreve bem a língua portuguesa — e podemos dizer que o Pe. Coelho foi um mestre na arte de utilizar a nossa língua — e como a poesia pode ser um grande meio para as pessoas exprimirem aquilo que sentem e a visão que têm do mundo, das pessoas, das coisas e dos sentimentos.

De facto, o Pe. Coelho foi mestre nestas duas artes: enquanto escritor, foi um grande cultor da língua portuguesa; e enquanto poeta, foi um fino intérprete da aventura humana.

(cont.)

"Migalhas":O lugar de Maria

DSousa, 19.10.05
Evangellzar é instaurar a salvação integral em Cristo Jesus. Salvação que abrange a pessoa inteira, O corpo e a alma, o espírito. Cristo não veio salvar só as almas. Mas a pessoa toda. A Ressurreição final, por Ele e com Ele, é isto mesmo.
E embora cada um e cada coisa no seu lugar, e na naquele e como o Evangelho nos indica, e a Igreja, no Concilio Vaticano II bem declarou, Maria está totalmente unida a esta salvação evangélica. Ela foi quem primeira usou e gosou, vivendo e dando a vida humana ao Verbo da Boa-Nova.
Sendo assim é preciso libertar-se a nossa devoção à Virgem lipertadora, de muitas crendices e superstições feias e Infieis.
Não queiramos que a nossa Mãe, por sê-lo melhor que todas, possa transigir com vinganças e malquerenças, com disparates e desgraças que às vezes queremos que ela proteja ou ajude.
Deus é maravilhoso. E tudo, o que Ele fez e faz por nós, é maravilhoso tampém. Assim Maria. Assim a nossa alma baptizada. Assim a Comunhão em graça. Assim a família em Paz. A sociedade em Paz.

"Migalhas": A melhor Oração

DSousa, 19.10.05
O salmo 139 diz assim: Ainda a palavra não me chegou à língua e já a conheces plenamente, Senhor, O profeta Isafas afirmou: Acontecerá, então, que antes tle me invocarem já eu lhes terei respondido.
Pois é: Ele sabe tudo. Até lê o que está no fundo dos nossos corções, E é tão preciso e justo que sabe a conta das folhas que caem e não deixa sem recompensa um copo de água em seu nome.
Muitas vezes mais que uma oração rezada com fórmulas pré-estabelecidas, o diálogo simples da nossa humildade que desabafa, natural e abertamente sem rodeios ritualistas ou tradicionais, será atendido por Deus. Através de Cristo e de Maria, tudo nos dará, conforme for melhor para nós e para os nossos irmãos,

"Migalhas": Perdoar e ser Perdoado

DSousa, 19.10.05

height=310 alt=ParmigianinoFanciullo.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/ParmigianinoFanciullo.jpg" width=190 border=0>

 No Pai-Nosso rezamos perdoai-nos, Senhor, assim como nós perdoamos.

 À primeira vista o perdão divino está condicionado ao nosso perdão humano.

 E é assim.

Muitas vezes a gente não consegue o que pede a Deus, porque Ele condiciona o seu benefício à nossa atitude de perdão.

Nós queremos que Ele nos perdoe, mas não queremos perdoar, para não perdermos a nossa posição ou a nossa razão.

E às vezes não temos razão nenhuma.

Superabunda-nos a vaidade e a soberba não só para pedir como até para dar o perdão

Ora imaginemos que Cristo e Nossa Senhora, nos pagavam com a mesma moeda?

Cuidado, não se pode abusar da Misericórdia de Deus.

Com Deus não se brinca.

Nem com Cristo.

Embora, às vezes, o Senhor Jesus se deixe tocar com as brincadeiras das crianças inocentes e até com o humor de certos santos alegres e felizes.

 O perdão custou a vida a Cristo.

E as dores mais tremendas a Nossa Senhora, e nós não queremos sofrer nada por dar ou receber o perdão.

"Migalhas":

DSousa, 19.10.05
No Pai-Nosso rezamos perdoai-nos, Senhor, assim como nós perdoamos. À primeira vista o perdão divino está condicionado ao nosso perdão humano. E é assim. Muitas vezes a gente não consegue o que pede a Deus, porque Ele condiciona o seu benefício à nossa atitude de perdão. Nós queremos que Ele nos perdoe, mas não queremos perdoar, para não perdermos a nossa posição ou a nossa razão. E às vezes não temos razão nenhuma. Superabunda-nos a vaidade e a soberba não só para pedir como até para dar o perdão.
Ora imaginemos que Cristo e Nossa Senhora, nos pagavam com a mesma moeda?
Cuidado, não se pode abusar da Misericórdia de Deus. Com Deus não se brinca. Nem com Cristo. Embora, às vezes, o Senhor Jesus se deixe tocar com as brincadeiras das crianças inocentes e até com o humor de certos santos alegres e felizes.
O perdão custou a vida a Cristo. E as dores mais tremendas a Nossa Senhora, e nós não queremos sofrer nada por dar ou receber o perdão.

"Migalhas": A oração

DSousa, 19.10.05

height=316 alt=Martini_Sposalizio.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/Martini_Sposalizio.jpg" width=190 border=0>

 Por que é e para que é que à Igreja, se propõe este mês  a oração — e também penitência que é virtude de toda a vida.

De oração mais intensa através da prática do terço com os seus mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos?

Porque a Virgem recomendou.

Porque a história assiná-la prodígios do terço.

Porque é palavra fácil e simples na boca e no coração de todo o cristão crente e descrente.

Porque Jesus disse que era necessário orar e vigiar.

Se não rezarmos, tudo se perde.

E o que mais depressa se perde é a fé.

A saúde da alma.

Há tanta gente, e muita, que pensa que está sã e não está.

É uma desgraça a presunção de nos salvarmos sem merecimentos.

 Importa ter Fé.

 Mais do que Fé na nossa Fé, Fé em Jesus Cristo.

O real e vivo.

 Presente e actuante em nós e por nós nos outros, estes para nós.

Não esqueçamos que o nosso melhor acto de Fé será acreditarmos que Deus é maior e melhor que a Fé.

Que Ele não depende de nós.

 Nós é que dependemos d’Ele.

"Migalhas": Primeiro, A FÉ

DSousa, 19.10.05

height=303 alt=DidatticaOrtiBotanici.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/DidatticaOrtiBotanici.jpg" width=190 border=0>

 Quando alguém que está doente, suplica a graça da cura, tem que observar o que normalmente te foi regra no Evangelho.

Ou seja, primeiro a cura do pecado.

E só depois a cura da doença.

 "Porque acreditaste, te foi dada a cura".

A tua Fé te salvou.

Na primeira carta de Paulo aos coríntios logo no princípio se acautela que o arrependimento do pecado é urgente para a cura de tantos males que são consequência do próprio pecado.

Ninguém que se nega a tomar remédios que sejam aconselhados à cura duma doença poderá, facilmente, curar-se.

A cura dos nossos males estará intimamente unida à expressão viva da nossa Fé viva.

Fé sem obras é morte.

Só por si não faz milagres.

Teorias sem factos comprovantes não convencem ninguém.

 Atenda-se que às vezes o Senhor beneficia pessoas descrentes que não rezam, nem sequer pedem nada.

Mas a intervenção dos irmãos crentes, sinceros e disponíveis merece o favor do Senhor a bem de quem precisa.

Por isso o valor social duma oração é maravilhoso.

Rezemos assim neste mês que já vai caminhando para o fim.

"Migalhas": Dialogar e... Dialogar

DSousa, 19.10.05

height=300 alt=FrancescoMessinaEstate.jpg src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/FrancescoMessinaEstate.jpg" width=190 border=0> É impossível perdoar sem dialogar.

Como é impossível a oração sem diálogo.

Só despejar sem ouvir, vale pouco.

Embora às vezes, quando a gente desabafa com Deus, com Jesus, por exemplo, no Sacrário, Ele escuta, escuta, e a gente cansados, cala-se e espera em silêncio e, Ele devagarinho, muito delicadamente, começa a fazer- Se ouvir no fundo da nossa consciência, mais calma, mais leve e mais generosa.

Fazei como Eu fiz: Pai perdoai-lhes por que não sabem bem o que fazem...

Se calhar tu ficarias pior que ele ou ela...

Levanta-te, vai. Perdoa.

E sente-se uma alma nova.

Porque perdoar é ressuscitar.

 E então sente-se que perdoar é ser perdoado.

É como o Sol, a dissipar a escuridão.

Um calor que aquece toda a frieza e derrete todos os gelos da Indiferença.

Perdoemos sem reticências para merecermos o total perdão de Jesus, do nosso Deus.

Coelho de Sousa: O "original" dos originais

DSousa, 08.10.05
csmoinhoversão 1 248x360.jpgAs três peças poéticas que tem como tema o moinho "sem" velas e a Vila das velas, nas tentativas que levaram à sua criação são, de facto em número de quatro.
A primeira delas é esta "Descrição", que dá início ao conjunto de quatro páginas que, na sua totalidade "O Moinho" ocupa na sebenta de papel sem linhas onde Coelho de Sousa o rascunhou.
O seu texto reconstituído seria o seguinte: