ENCONTRO unca te vira, nunca em ti pensara
e no entanto, um dia, o telefone
tocou e a tua voz tão doce e clara
ouvi dizendo António...Era o teu nome
E querias-te encontrar comigo. Enorme
a ânsia de te ver, estranha, ignara,
confunde quem serás e me consome.
Eras o anjo bom que então sonhara?
Sintonizando a dor e amizade
que em sintonia posta nos invade
a florescer a vida em comunhão.
E mais que amigo assim se torna irmão
o sacerdócio vivo que é verdade
em nós eternizado na Saudade.
ão sei bem como conter
estes milhentos desejos
que sinto só por te ver
e comer com meus beijos.
Pois são tão doces os beijos
que se vem colar aos meus
que não sei se os meus desejos
serão maiores que os teus!
Seja então lá como for
dos beijos a tal medida...
O que vale é o nosso amor
ser assim por toda a vida.
Nem mais riqueza nem sorte
temos de crer que nos faça
ser felizes, se nos suporte
a vida inteira com graça!
Os beijos da nossa mãe
são beijos puros de Deus.
Não há beijos de ninguém
mais puros que os beijos teus!
Que um beijo só de candura
como são os beijos teus
é prémio que sempre dura
no beijo eterno de Deus...
as tranças do teu cabelo
o amor vive entrançado.
Não há tecido mais belo
que nos traga agasalhado.
O coração de nós dois,
desde a hora em que nos vimos,
tranças são tais que ao depois
foi só amor que sentimos.
Prá vida toda entrançada,
em firme nó tão segura,
que é só a trança e mais nada
que o nosso amor assegura.
e tronco retorcido
e nu
de cabeleira ao vento
esverdecido
é como tu
aquele salgueiro tenso
à beira-mar sonhado.
Abriga da ressaca o pranto
à vinha que lhe cresce ao lado
e ao pássaro que lhe guarda o canto
dá ninho saboroso e agasalhante
com beijos de luar e maresia.
Assim, amor, vê lá
se há neste mundo
cabeleira igual.
Não há.
ão sei como há-de ser para me esquecer
a seta que atiraste sem cautela
e veio em mim cravar-se com prazer
de raio fulminante que esfacela
a roda do meu ser tornada estrela
no alto céu de etéreo amanhecer!
Quem sabe se essa luz assim tão bela
é só puro feitiço do teu ser?
E vens estiolar em negra dor
a luz aureolada no amor.
Que sempre de ti guardo com saudade
Oh! fico enfeitiçado no ardor
do desespero só enganador
que sempre me juraste sem piedade?
Deixei que o sol morresse no poente
e a noite dominasse o teu olhar
que então viria iluminar a gente
a tua pura alma a rebrilhar.
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