Domingo, 11 de Junho de 2006
Antes ser...
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<P><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6605/676/1600/inedantesser%201.jpg" rel="noopener"><IMG style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6605/676/320/inedantesser%201.jpg" border=0></A> </P>
<P><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/6605/676/1600/inedantesser12.jpg" <a="<a" rel="noopener"><IMG style="WIDTH: 235px; CURSOR: hand; HEIGHT: 251px" height=274 alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/6605/676/320/inedantesser12.jpg" width=303 border=0></A></P>
<P><IMG style="WIDTH: 61px; HEIGHT: 89px" height=221 alt=ilumA.JPG src="http://alamoes.blogs.sapo.pt/arquivo/ilumA.JPG" width=239 border=0> ntes ser onda e flor<BR>aragem que o sol-pôr<BR>esconde<BR>não sei onde,<BR>que ser alguém perdido<BR>no deserto imenso<BR>em busca do sentido<BR>em que me adenso.<BR></P>
<P>E o Verbo ser a corda<BR>flutuante<BR>que nos fustiga e acorda.<BR>O despertar diante<BR>a negridão<BR>nefasta,<BR>Que a nossa mão <BR>arrasta<BR>em busca do além...<BR></P>
<P>E mais ninguém<BR>nos prenda aqui<BR>a mim e a ti.<BR></P>
<P>Importa conquistar<BR>a liberdade...<BR><BR><FONT color=#660000>E sobre o mar<BR>há-de surgir<BR>a ilha do amor<BR>por vir,<BR>alegre e sem horror.</FONT></P>
A Ilha do "Amor por Vir"
E sobre o mar
há-de surgir
a ilha do amor
por vir,
alegre e sem horror.
Este é o excerto do poema inédito de Coelho de Sousa, tornado público neste "Álamo Esguio," no passado dia 18 de Maio, e de que consta a expressão que sugeri, em entrada anterior, como título para uma eventual futura (e justificada, ao que penso) edição destes e outros inéditos do autor.
Aproveito para fazer notar que, com o poema "Encontro", passaram a ser de conhecimento público o conjunto de poemas, com conteúdo pessoal e dimensão vivencial, que se econtram neste "caderno escolar" com originais do CS.
Este último poema "Encontro" é também o único de todos eles, a que o próprio Coelho de Sousa deu um título.
Esclareça-se também que, além destes 25 poemas, o caderno contem mais um conjunto de sete páginas com a letra dos versos para uma marcha de São João (São João dos Namorados), da freguesia da Feteira, destinada às festas sanjoaninas de Angra.
Como é habitual nos originais de Coelho de Sousa, não há qualquer data que permita situar, com precisão, no tempo e nas circunstâncias da sua vida, esta "letra" para uma marcha de São João.
Mas, pelo conteúdo e pela própria caligrafia, percebe-se que este texto foi intercalado neste caderno,em data posterior.
E compreende-se ainda que se encontra misturado com os restantes poemas apenas em resultado de uma outra prática que era também rotineira em Coelho de Sousa.
Escrever o que lhe vinha à mente ou lhe encomendavam (como deve ter sido o caso desta marcha), no primeiro papel que estivesse à mão.
Reproduzo, na entrada seguinte, o poema completo, onde se encontra a expressão da "Ilha do amor por vir".
E, nas entradas que se hão-de seguir, os versos da marcha de São João.
Terça-feira, 6 de Junho de 2006
Litânia de Pedras (Poema inédito de Coelho de Sousa)
itânia de pedras
entoadas ao luar
na pauta dos silêncios seculares
de um povo cansado de suar
o deprezo do rei dos mares
e seus vassalos
de coração deserto...
Eco de ignorâncias tristes
à beira de contendas
mal vencidas
embora os trilos da Brianda
mais as laudas do Drumond
recantem o valor
dum povo que não desanda
por sua conta
à força do amor
que lhe segura a vida
na tentação do mar
e muito mais além
da ilha em fogo
que o retém.
Fiel...
Fiel ao rumo do meu ser gaivota
não quero naufragar
no oceano dos teus olhos
ressalgados.

A Ilha do Amor Por Vir
Esta expressão, A Ilha do Amor Por Vir, retirada de um dos inéditos que tem vindo a ser tornados públicos neste Álamo Esguio, parece-me ser título adequado, para uma eventual futura edição em livro, destes inéditos.
São, para já, dois, os fundamentos desta escolha.
Em primeiro lugar, a circunstância de, em declarações, para que, de momento, não consigo identificar o texto em que se encontram, Coelho de Sousa ter afirmado que tinha pronto para publicação um livro, cuja temática principal eram as suas vivências de ilhéu.
Apesar dos poemas que constam dos originais do caderno que tenho vindo a publicar, não me parecerem ser aqueles que Coelho de Sousa tinha em mente, ao fazer aquelas declarações, contudo, um nome de capa em que figure a palavra ilha parece-me perfeitamente acertado, mais que não seja, porque a ilha constitui o quadro de fundo e o ambiente psicológico e cultural de muitos deles.
O mar, o oceano, a ilha, a ressalga, a tentação do mar, a ilha em fogo, o salgueiro, as nuvens, o grão de areia, e muitas outras palavras e expressões de idêntico teor, repetem-se com insistência nestes poemas.
Para ilustrar este fundamento, volto a publicar, nas duas entradas seguintes, dois poemas, em que este enquadramento insular é particularmente notório, deixando para futura entrada, a outra razão de fundo que justifica a escolha deste título.