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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: O Bom Pastor (IV)

DSousa, 11.01.07

 

 

Bom Pastor

 

 

Bom Pastor!
Canto de amor,
A parábola do mestre...

 

Não fora a luz duma luz
Pela boca de Jesus!

 

Era a vida que viera,
Remoçando em primavera,
Quantos segui-lo quisessem.
Ele é pastor e é porta,
para o aprisco da glória,
da salvação encontrada!

 

E só por Ele a vitória
Pois sem Ele é nada...nada!

 

 

 

 

 

Coelho de Sousa: O Bom Pastor (III)

DSousa, 09.01.07

O Bom Pastor









O bom pastor e o rebanho,
Pedras de aprisco e serões,
Noites de frio e de vento,
Não venham lobos, ladrões!




Bem fechadinha e guardada
Cada ovelha e seu cordeiro!
Que venha a morte de ronda
O pastor será primeiro!





Não há moeda que pague
O carinho do pastor.
Ele as farta, ele as conhece
Ele lhes têm amor!




Mercenários sem ter alma,
Cuida de ti mais ninguém!
Se o lobo chega ele foge.
Deixa o rebanho a quem vem!






Coelho de Sousa: O Bom Pastor (II)

DSousa, 07.01.07

O Bom Pastor








Vede além que já chegaram
Outros pastores também...
Só teus passos nos tardaram
Pelos caminhos de além!




Eh! Catita! passa adiante!
E tu, "formosa", caminha...
Anda mais a minha "brilhante"
Que senão, ficas sózinha !....



Uma, duas.../ vinte.../e cem.../
Noventa e nove, uma falta...
Ficou nas bermas de além,
Vou buscá-la, noite alta!

Coelho de Sousa: O Bom Pastor (I)

DSousa, 05.01.07


      O Bom Pastor







O amor da poesia
e a poesia do amor
Quero que sejam a letra
Para a história deste dia
Na história do Bom Pastor...




Ovelha branca de neve
Corre depressa ao curral...
Que a noite chega-se em breve
E nas trevas anda o mal!



Vamos, Bonita, depressa!
Deixa as ervas do caminho.
Não há grão que te mereça.
Ciosa do cordeirinho!




Coelho de Sousa: Natal- A noite e o dia (II)

DSousa, 03.01.07



Íntima a tarde, o coração é brasa
Inspirando Éolo posto ao céu.
A noite de surpresa entra-me em casa
E vai-se diluindo o traço teu.

A chama desgarrada esmoreceu,
distante. O passo inerte a vida atrasa..
Estrelas não as vejo e nem sei eu
Se para voltar terei alento e asa.

Íntima a noite, agora é solidão
Nas sendas tortuosas por que vão
As vidas e sonhos meus, agros, perdidos.

Surge sereno o dia e fogo traz.
O sol para o regresso e tanta paz
na vida e o traço teu já definidos.

Coelho de Sousa: Os dois úiltimos textos de "A vida é para ti"(I caderno)

DSousa, 03.01.07

O Bom Pastor

Encontro com Maio

Vamos continuar em 1957.


Vamos continuar com textos escritos e lidos por Coelho de Sousa aos microfones do Rádio Clube de Angra.


Vamos continuar com textos em que se entrelaçam temas religiosos e cultura popular.


No primeiro deles, o tema é o Bom Pastor.


Tema de parábola bíblica e de oportunidade litúrgica relacionada com o Domingo do Bom Pastor, celebrado na 4ª semana depois da Páscoa.

No segundo, o tema é o mês de Maio, com o título de "Encontro com Maio".

Maio é, ao mesmo tempo, encontro com a Primavera, em que a natureza se renova, e com a Virgem Maria, penhor de renovação da vida e da história da humanidade para o autor.

É a esta conjugação de tempos da natureza e da humanidade que Coelho de Sousa chama

A Poesia da vida,
da vida que é para ti. 

Coelho de Sousa: Do amor e do ódio (VIII e Último)

DSousa, 01.01.07


Palestras de Domingo



Do amor e do ódio





Um falso amor de causas e de partidos,
um querer só para si,
postergando a verdade
e justificando o iníquo,
cegando a justiça,
destruindo a ordem,
isto é o ódio.

É verdade que pregou o P.e António Vieira:

"Melhor é o ódio que nos salva,
do que o amor que nos perde."

Estamos plenamente de acordo,
quando o ódio que nos salva é o amor que dá vida,
quando o amor que nos perde é o ódio que nos mata.

Bem se diz e não é mentira:
O ódio é o amor ao contrário.

Porém, diante de Deus e do seu altar, só vale o amor que é absolutamente o antónimo do ódio.

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