Coelho de Sousa: Dois Poemas num Adeus (I)
Dois Poemas num Adeus
Adeus
Mês de Novembro, a saudade...
No triste dobrar dos sinos
Adeus amargo e pungente
que passa por toda gente.
Na melopeia dos ais
Nas grinaldas sepulcrais
Mês de Novembro, irmã morte,
Rumo certo, ao certo norte...
Mês de Novembro em adeus!
Adeus, mãe, Adeus, querida,
Que eu já não posso co'a vida
E os anjos chamam por mim.
Adeus, mãe, adeus,!... Assim,
Junta os teus lábios aos meus,
E recebe o último adeus
Neste suspiro... Não chores,
não chores: aquelas dores;
Já sinto acalmar em mim.
Adeus, mãe, adeus!... Assim,
Junta os teus lábios aos meus...
Um beijo... um último... Adeus!...