Coelho de Sousa: E não podia calar-se (III)
DSousa, 11.05.07
E não podia calar-se
(III)
Quem sabe donde vinha tanta gente?
De Bersabeia ao Sul, Jerusalém,
De Jape e Cesareia no poente,
E muito perto Siquem e Efrem?
Talvez de Jericó, Betânia e Pela;
Talvez de Tiberíades e Magdala;
Quem sabe quantos olham uma estrela;
Quem sabe quantos ouvem uma fala....
Das bandas de Belém vinha um segredo,
Que Nazaré guardou sem compreender...
E novamente o encontro que o rochedo
de Hebron pela visita pôde ver...
Quem sabe donde vinha tanta gente
Para escutar o Verbo novo, aberto,
No inspirado grito, eloquente
Que ao mundo fala no meio do deserto: