Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007
Coelho de Sousa: Também as setas dão glória (III)
(III)

Senhor!
Do grande dia é já chegada a aurora.
Aqui
em Deus me é já batida a hora...
Por ti!
Por ti, Senhor,
meus sonhos de criança
ardor da juventude
meu corpo, a alma, a fé, a esperança
O meu amor!
a plenitude...
Aqui me tens Senhor...
Soldados... sem dó nem dor...
Vá! Disparai!
Castigai
esse perjuro
que aos deuses foi ingrato!
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007
Coelho de Sousa: Também as setas dão glória (II)
(II)

Senhor!
Senhor, bendita seja a hora
desejada!
Meu corpo é preso agora
ao tronco desta árvore
como o teu no amor
foi no madeiro em cravos.
E a minha alma ansiosa
a ti sobe... a ti vai!
O céu! Pátria ditosa.
(às armas, os arcos retesai!
as setas apontai)
Ai!
Senhor! Senhor! Dá-me fortaleza!
Anseio a beleza que eu vejo
nesse portal de glória
aberto!
Sim, Senhor!
Por teu amor
aceito a cada seta o beijo,
Tu és Deus,
És a meu lado, aqui, és perto
E o braço teu erguido para os céus
me dá vitória,
o gozo teu eterno e certo.