Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (III)

Também um dia quiseram
Atirar pedras a Cristo.
Ele era Deus e fugiu,
Eu não sou Deus... não resisto.
Não aceito como Estevão
As pedras com que me firam.
É sobre o mar que me vingo
De quantas pedras me atiram.
Atirei pedras ao mar
Sem o mar me fazer mal.
Quanto mais pedras atiro
Mais o mar se fica igual.
Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (II)
Atirei pedras ao mar
Sem o mar me fazer mal.
Quanto mais pedras atiro
Mais o mar se fica igual.
Quantas pedras atirei
Todas se foram ao fundo.
Só não lhes posso atirar
Pedras que me atira o mundo...
Neste jogo de pedrada
Cada pedra cai na água.
Umas caem sobre o mar
Outras nas ondas da mágoa.
Mas o mar é sempre o mesmo
Por mais pedras que a onda leve.
Porém, eu, de tanta pedra
Sinto já a vida breve.
Domingo, 27 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (I)

DO MAR E DA SAUDADE (I)

Verdadeiramente:
Ninguém poderá viver sem amar.
E quem ama, alguma vez, sentiu saudade.
A saudade é realmente uma constante na vida dos portugueses.
E não será inverosímil afirmar que,
ao dobro,
na vida dos açorianos,
isolados, distantes, perdidos no meio do mar...
Os olhos e o coração na vastidão do oceano que nos rodeia,
na distância dos horizontes que nos limitam.
E é por isso que
por uma estranha magia,
nessa constância idiossincrática da saudade ,
a presença do mar é contínua e total.
Pois bem, estimado ouvinte,
os versos que hoje vou recitar em
A Vida é Para Ti,
são mais um testemunho dessa constância de mar e saudade,
postas numa porção de redondilhas maiores,
que, há dois dias, me vieram num jacto de maré cheia:
MAR E SAUDADE.
Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa - Ante o Presépio (V e último)
Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa - Ante o Presépio (IV)
Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa - Ante o Presépio (III)
Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008
Coelho de Sousa : Ante o Presépio (II)