Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (III)
Também um dia quiseram
Atirar pedras a Cristo.
Ele era Deus e fugiu,
Eu não sou Deus... não resisto.
Não aceito como Estevão
As pedras com que me firam.
É sobre o mar que me vingo
De quantas pedras me atiram.
Atirei pedras ao mar
Sem o mar me fazer mal.
Quanto mais pedras atiro
Mais o mar se fica igual.