Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural
Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural
Coelho de Sousa, embora mantendo nos seus originais uma matriz de arquivo e ordenação mais ou menos sistemática, muitas vezes intercalava, ao lado dos temas que estava desenvolvendo, outros temas que a inspiração ou as circunstâncias lhe ditavam. Foi o caso das últimas três entradas que inclui no "Romance das mães que choram". O leitor atento terá notado que Coelho de Sousa havia deslizado do tema das mães que choram para o das mães que fazem chorar. Estas três paginas de texto acrescentou-as Coelho de Sousa ao tema das mães que choram. Provavelmente, como início de uma outra temática que não chegou a desenvolver totalmente. Eu próprio é que tomei a iniciativa de incluir estas páginas naquele local, pese embora alguma contradição que, conscientemente, assumi. Estas derivações são bastante frequentes em Coelho de Sousa e traduzem-se de formas várias. De umas vezes, em pequenos textos como o seguinte:
Outras vezes, em textos mais longos e mais trabalhados, como os textos que serão publicados nas próximas duas entradas.
Vieram-me dizer que certa mãe Que tem o coração empedernido Deitou fora de casa um filho seu.
Não quero mais saber que sejas meu, A rua é teu abrigo apetecido. E companhia a sombra de ninguém.
Vai-te embora depressa, mais gritava E a sua voz de mãe desnaturada Apostrofando pragas, parecia O rugir duma fera solta e brava Que no seu furor não respeita nada Tudo ferindo com mortal perfídia...
Vai, meu filho, eu te ofereço. Mas irás para a vitória Ungido no meu chorar. Que Deus te leve por bem E te traga brevemente... Não te esqueças de rezar E também de me escrever
Minha mão até à volta. Hei-de escrever e rezar. Hei-de lutar e vencer. Terás orgulho de mim