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Os manuscritos dos últimos quatro poemas publicados desde o dia 9 deste mês, (Variações da Tristeza, Vaga Lembrança, Salvé, Senhor és Rei) são simples folhas soltas do espólio de Coelho de Sousa e que, só nos últimos meses, tive oportunidade e disposição para ordenar.
O último deles, Senhor és Rei, é datado de 1951(22-X-951).
Os restantes são do ano de 1950.
Quanto se pode avaliar pelo resultado da ordenação que, até hoje, consegui, do espólio de Coelho de Sousa são os únicos, com os do caderno das "Rimas Dispersas", desses dois anos.
É claro que é sempre de admitir a hipótese de que, entre os numerosos poemas não datados de Coelho de Sousa, se venha, mais tarde, a descobrir um ou outro que possa vir a ser datado desses dois anos.
Mas, não se podendo rejeitá-la de todo, é uma hipótese pouco provável, se exceptuarmos ainda, dois ou três poemas desses anos, que o próprio Coelho de Sousa resolveu intercalar, entre poemas de anos posteriores.
Embora desconhecendo as razões, pareceu-nos de respeitar a ordenação escolhida pelo autor.
Acrescente-se ainda, mais um pormenor curioso.
O poema "Variações da Tristeza" é o único, das centenas de poemas que constituem o seu espólio, que Coelho de Soua assinou com um pseudónimo: Luz Marineve.
Não há, porém, dúvidas sobre a sua autoria, quer pela caligafia, quer pela circunstância de existir em duas versões: a do pseudónimo e uma outra, no envelope de remesssa de uma revista.