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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa : Vilancico

DSousa, 11.07.08

 

 

 

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Vilancico

 

 

Adoremos

 

 

 

Ei-los

Como se fossem ciganos
Abrigados no ventre duma rocha...

Calcorrearam caminhos,
Rezando as ditas que os profetas levam
através dos séculos...

Belém.

Iluminou-se a treva;

Aqueceu-se de amor, o frio humano;
E cataratas celestes de canto angélico
Anunciam
Paz! Paz! Paz!

Jesus nascido está dormindo,
A Virgem forte
E o Varão justo
Adoram...

Adoram no amor infindo.

Adoremos.

 

 

Salamanca 10-XII-952

 


 

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Coelho de Sousa : Presença

DSousa, 09.07.08

 

 

 

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Presença

 

A minha mãe com saudades

 

 

Minha mãe, não se passa uma hora
Sem me lembrar de ti. Quando medito
Ou choro ou canto aos lábios meus aflora
Teu nome santo, mil vezes bendito.

 

 

Té no momento em que o Infinito
Se incarna em minhas mãos e a alma adora,

Sinto vibrar em mim, imenso grito:
Por tua mãe; agora e sempre, agora!

 

 

Salamanca , Dez.1952

 


 

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Coelho de Sousa: Eu sou a luz da candeia

DSousa, 07.07.08

 

 

 

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Eu sou a luz da candeia
Trazida à Casa de Deus

 

Eu sou a luz da candeia
de mãos postas noite e dia;

 

Eu sou a luz da candeia
Chama de anjos consumida;

 

Eu sou a luz da cadeia
Luz da luz um convite.

Eu sou luz da candeia
Luz da luz um abraço...

 

 

 

Eu sou a luz da candeia
Sou a luz do Lar da VIda

 

 

 

 

Salamanca
22-XI-952

 


 

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Coelho de Sousa:Evocação

DSousa, 05.07.08

 

 

 

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Evocação

 

Ao despertar o dia 20-XI-952
Salamanca

 

 

Minha mãe, que está tão fria
Esta manhã salmantina!
Se estiveras tu aqui
não seria tanto fria...

 

Tinha o calor dos teus beijos
Despertando de mansinho
Os meus olhos sonolentos
E a tua voz carinhosa
Avisando muito baixinho:
Vamos, filho. O sol é nado...
E já tocou para a missa.
Olha que as almas esperam;
E de esperar também se cansam...

 . . . .  ... . . . .  .

Minha mãe está tão fria
esta manhã salmantina!
Se estiveras tu aqui
Eu levantava-me logo
Ao sentir os teus beijos quentes!...

 

 

20 -XI-952

Salamanca

 


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Coelhode Sousa: No primeiro dia em que vi nevar(II)

DSousa, 03.07.08

 

 

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Cai a neve sobre os ninhos

 

morrerão de frio todos!
Sobretudo os mais novinhos.
 

Se eu tivera braseio para levar-lhes,
Gostariam certamente...
Pois quem não gosta de um beijo,

Que não seja de traição?

 

Mas nada tenho que dar-lhes
A não ser meu coração!
e o meu amor que pobremente agasalha...
Mesmo assim,
Com tanto frio que faz
Será bom pano de mortalha!

 

Passarinhos! Coitadinhos!

 

Salamanca 19-XI-952

 


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Coelho de Sousa: No primeiro dia em que vi nevar(I)

DSousa, 01.07.08

 

 

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No primeiro dia em que vi nevar...

- Aos passarinhos -

 

Tenho dó dos passarinhos,

Coitadinhos!

Com este frio - está nevando -
Como podem ir voando ?

 

Coitadinhos!

 

Das árvores, as folhas levou-as o vento...
Outono velho, inverno à porta!
Onde irão buscar abrigo?

Coitadinhos!

 

Se viessem ter comigo...
Mas têm medo de mim.
 

(Todos têm medo de mim...)

 

E asim com tanto nevar
Poderão eles cantar?

 

Talvez cantem a chorar...
 

Coitadinhos!

 

( Também eu choro a cantar
E canto para não chorar!...)

 


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