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Já vês Tomás de Aquino o que importava:
Ser poeta do silêncio e da clausura;
Rasgar meus hinos como então rasgava
o grande santo, humilde Boaventura
Cantar à boca cheia a partitura
Do amor silencioso que cantava
A sua santidade em grande altura
E nada mais, por isso já bastava.
Versos de fogo e sangue e luz e preces,
O verdadeiro pão de louras messes
A vida, o paraíso, a eternidade...
Tudo o que é grande e belo, o próprio Deus,
Tomás de Aquino, eis, quanto em versos meus,
Queria que ocultasse a humildade!
Salamanca 17- I - 953
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Anseio (II)
Porém, agora atende, quão diversos
Nos encontramos frente a frente: és santo,
E eu, nem sei rasgar meus pobres versos.
É que rasgá-los era a humildade.
E eu não posso. Não.Pasma de espanto
E escuta a ousadia da vaidade:
Queria que os meus versos fossem fogo
Purificando a terra num momento,
Queria que os meus versos fossem pão
E assim, das almas grandes alimento;
Queria que os meus versos fossem lírios
Plantados no jardim do meu Senhor;
Queria que os meus versos fossem chave
Abrindo o Paraíso a toda a gente;
Queria que os meus versos fossem tudo
E não são mais que nada simplesmente.
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Anseio...
Coração de Deus.
Coração de barro
Tomás de Aquino, um dia Boaventura
À sua frente os hinos seus rasgava.
Compunhas tu do amor a partitura
E ele em humildade se escaldava.
Inspiração e ciência conjugava
a tua santidade em grande altura.
Não menos santo era o que ocultava
Os hinos seus debaixo da veste escura...
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Vilancico
Adoremos
Ei-los
Como se fossem ciganos
Abrigados no ventre duma rocha...
Calcorrearam caminhos,
Rezando as ditas que os profetas levam
através dos séculos...
Belém.
Iluminou-se a treva;
Aqueceu-se de amor, o frio humano;
E cataratas celestes de canto angélico
Anunciam
Paz! Paz! Paz!
Jesus nascido está dormindo,
A Virgem forte
E o Varão justo
Adoram...
Adoram no amor infindo.
Adoremos.
Salamanca 10-XII-952
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Presença
A minha mãe com saudades
Minha mãe, não se passa uma hora
Sem me lembrar de ti. Quando medito
Ou choro ou canto aos lábios meus aflora
Teu nome santo, mil vezes bendito.
Té no momento em que o Infinito
Se incarna em minhas mãos e a alma adora,
Sinto vibrar em mim, imenso grito:
Por tua mãe; agora e sempre, agora!
Salamanca , Dez.1952
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Eu sou a luz da candeia
Trazida à Casa de Deus
Eu sou a luz da candeia
de mãos postas noite e dia;
Eu sou a luz da candeia
Chama de anjos consumida;
Eu sou a luz da cadeia
Luz da luz um convite.
Eu sou luz da candeia
Luz da luz um abraço...
Eu sou a luz da candeia
Sou a luz do Lar da VIda
Salamanca
22-XI-952
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Evocação
Ao despertar o dia 20-XI-952
Salamanca
Minha mãe, que está tão fria
Esta manhã salmantina!
Se estiveras tu aqui
não seria tanto fria...
Tinha o calor dos teus beijos
Despertando de mansinho
Os meus olhos sonolentos
E a tua voz carinhosa
Avisando muito baixinho:
Vamos, filho. O sol é nado...
E já tocou para a missa.
Olha que as almas esperam;
E de esperar também se cansam...
. . . . ... . . . . .
Minha mãe está tão fria
esta manhã salmantina!
Se estiveras tu aqui
Eu levantava-me logo
Ao sentir os teus beijos quentes!...
20 -XI-952
Salamanca
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