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Visão
Eu vi subirem sete espigas ao Altar
- Pontifical de Luz e Pão divino -
Onde a minha alma, só, dizia missa
O corpo... estava ausente
E o coração sangrava os restos dum combate.
Aquelas sete espigas eram grãos de sangue!
Milagre lento esta mudança
Do joio rubro em trigo branco.
E a luz era de sangue rubro...
Mas este sangue unido àquele sangue
Gerou o Sacrifício Grande.
E aquelas sete espigas no altar
Já eram pão unido a outro Pão,
Poema do além a levedar
Meu peito, a comunhão
E a missa nunca mais terminou.
17-4-954
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Ausência
Trazia do olhar a vida ausente,
e o sol do coração não tinha quente!
Assim não era
a Primavera
Que a gente via
naquele sorriso...
Degraus de sombra densa em vão descera,
Ficaram dentro da alma a arder vulcões...
E agora a chuva toda de Setembro
Já não bastava para matar-lhe a sede...
E Deus quisera
lhe fosse um dia
a Primavera,
Um paraíso!
Trazia do olhar a vida ausente
E o sol do coração não tinha quente.
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Nota : Este poema prenche as páginas 17 e 18 dos "Poemas de Aquém e Além".
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Três Conselhos
I - Não digas quanto sabes de uma vez,
Não ponhas do avesso o coração.
Nem sempre espigas loiras são promessa
De massa que leveda e dá pão!
II - Cada palavra é pedra que se atira
Ao coração de quem nos escuta;
E a pedra quando cai dentro dum lago
No fundo vai o lodo despertar.
III - E fecha o coração a sete chaves.
Cuidado ! Não permitas que se ausente!
Embora, não se apague o sol à noite
Bem sabes não dar luz a toda a gente.
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Lição primeira (III)
E tu bebeste e saciaste a fome.
E tinhas no teu peito o Sol ardente
E a noite do anseio veemente
Já quase feita em dia claro
Onde reinava a paz!
Tinhas em ti a graça de mil primaveras
Abrindo em neve as flores dos jardins de Deus
E, finalmente, já sabias
O que eras
E a soma de grandezas que valias
Deus queira, meu amigo,
Conserves sempre brancas tuas mãos
Guardando imaculada a concha do ideal,
Depois desta lição que foi primeira.
Que o sonho que sonhaste, eras menino,
Ouvindo a melodia de uma voz sulime,
Vivendo irmão de quanta estrela anima a noite,
Te seja a realidade
Dum sonho de verdade
Com S. Tomás de Aquino.
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Nota : este longo poema preenche as páginas 19 a 23 dos "Poemas de Aquém e Além"
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Lição primeira (II)
Um dia,
Não tinha sido longo o teu caminho
Mas vinhas já cansado e tinhas sede;
Ansiavas por beber todas as fontes,
Querias as estrelas como irmãs
Naquele abraço infinito em horizontes
do teu ideal de jovem.
Sonhaste no amor pela ciência
um mundo sem orgias de maldade
Onde somente um canto de alegria
Anunciasse a vida na verdade.
E então, era manhã,
ouvias a lição primeira da ciência grande...
Disse-te o mestre abrindo o livro santo:
"Aqui, amigo
Aqui a fonte e o abrigo
A luz que nunca tem poente,
E o pão de loiras messes cultivadas
P'las mãos do Omnipotente.
Amai a S.Tomás".
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Lição primeira
Aos mestres e alunos do 1º curso
de S. Tomás
Enquanto tu levavas nas mãos brancas
Uma concha de madrepérola
Onde crescia o lírio do ideal;
Enquanto não havia nuvens dentro em ti
E o sol queimava a madrugada
debaixo dos teus passos de criança;
Enquanto a melodia de uma voz sublime
escrita numa pauta de silêncio fundo
Ecoava nas quebradas da tua alma
Enquanto a vida era um abrir de girassol
E tu, não eras tu somente,
Mas outro alguém que ia contigo,
Então, amigo,
Rasgou-se a luz no teu olhar primaveril
Abriu-se em par um céu de anil.
Quiseste num ensejo de vitória
Colher a natureza toda num só beijo
E triunfar num sonho de suprema glória
E não ficou embalde o teu desejo.
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Para os soldados na guerra,
E quantos vivem na paz.
Os que trabalham na terra,
Andam no mar
Ou no ar.
Para cegos e aleijados
herdeiros do sofrimento;
para quantos gozam alegres;
As criancinhas, os velhos
A juventude : o futuro;
Os nossos pais e irmãos
Do mundo todo,
Bem-vindo sejas nata!
Natal! Natal! Natal ! Ei-lo que vem
É Deus que volta
E nEle a vida, a luz, a graça, o bem.
Bem-vindo sejas, Natal!
1951 "União"
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