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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa : Encontro (III)

DSousa, 10.09.08

 

 

 


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E o pergaminho verde, açoriano

Livro de nove páginas de luz

Ficou a ser o livro de horas
Aonde reza a heroicidade lusa:
Amor de Deus, Terceira de Jesus
Amor de mãe, Maria! As nove unidas!

 

 

 

 

 

"Não há mistério que se não desvende
Para além do mar"...
E quem sonhar
terá nas suas mãos, um dia, a vida
Envolta num olhar
De além dos céus...

 

 

 

 

Verdade! Verdade!
Agora escuta Infante, o eco dos teus sonhos:
No mar azul já não há mistérios,
E o olhar de além dos céus
Pousou na terra tua e nossa.
Fátima! Cova da Iria!
E Açores são Portugal
Terra de Santa Maria!

 

 

 


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Coelho de Sousa : Encontro (II)

DSousa, 08.09.08

 

 

 


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Um dia,
quando Agosto era em meio
O sonho da ciência que não quebra
foi verdade clara
Junto às rochas agrestes de Santa Maria!


E logo depois,

nove crianças a cordadadas
Dum sonho que durava há tantos mil;
Nove estrelas caídas num céu marinho,

Esfolhadas rosas num jardim de anil
Coral de graça e oiro no cadinho
Do mais puro dos amores
São por Maria encontradas
As nove ilhas dos Açores.

 


 

 


 

Coelho de Sousa : Encontro (I)

DSousa, 06.09.08

 

 

 


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"Não há mistério que se não desvende
Para além do mar...
E quem sonhar terá nas suas mãos, um dia, a vida,
Envolta num olhar
De além dos céus"!

 

 

 

Assim estou a vê-lo
O Infante
Aventureiro e forte, embarcado em sonhos
Desde Sagres.
Gira a seus pés a Rosa do Vento Audaz
Que há-de enfunar as velas
Das Caravelas

de Portugal!

E as ondas revoltas
já trocadas
De tormenta em doce Esperança,
Que espera no Pôr-do- Sol.

 

 


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Coelho de Sousa : Saudades

DSousa, 04.09.08

 

 

 


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Da tinta dos teus olhos, incolor,
Pintou a saudade um quadro lindo.

A pinceladas mansas de aguarela
Pintou-se na minha alma o teu retrato!

Partiste e nunca mais te vi. Disseste:

"Hei-de escrever". Mentiste. Ainda espero
Na tua carta a tinta dos teus olhos.

Talvez que o sal do mar seja essa tinta
E a sua voz que seja a tua carta!

Saudades sobre as ondas, andam muitas
Talvez que estejam lá também as tuas,
A debater-se em vão de encontro às minhas.
Que as minhas vão num verso muito além
Das águas e do céu...
Vão num poema,
Variação do tema : Saudade!

 

 

Domingo Ressurreição 1954

 


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Coelho de Sousa : Ressurreição

DSousa, 02.09.08

 

 

 


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Ressuscitar!

Ressuscitar:

Subir de mãos abertas para os céus

e ter a primavera eterna dentro da alma.

Passar
além das serras dos vales

Saudar o hortelão
O Caminheiro
e o pastor,
Qualquer,
Passar além do mar
buscando o horizonte em velas de infinito
Ser pescador
Na grande embarcação....

Ressuscitar!
Subir além nas asas de um poema
E triturar no peito as saudades
E desejar
O que devemos ser.
Deixar a escuridão do corpo
E ter um corpo só da luz do Além
Ouvir a sifonias do eterno
à volta do Cordiero, o Sumo Bem.

Ressuscitar:
Estar aqui no mundo sem no mundo estar!
Estar Aquém subindo as rotas do Além...

1954

 

 

 

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Este poema, com este mesmo título e ligeiras alterações de forma, preenche as páginas 53 e 54 dos "Poemas de Aquém e Além".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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