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Nós somos da distância do mar alto
E noivas do azul que os céus nos dão
quase a dezena feita em sobressalto
Mas convidados todos ao teu pão...
E vimos de longada - mar e terra!
A ajoelhar rendidas neste dia.
Acção de forças que um rezar encerra
Também és Padre Nosso. Avé Maria!
Não somos pequeninos com querem.
(Que as almas não se medem palmo a palmo)
Palavras são pequenas mas proferem
Amor e gratidão de eterno salmo.
Louvado seja Deus que à Igreja deu
Herói de mil batalhas e vitórias
Não haja boca ou alma, só de ilhéu
Caladas ao pregão das tuas glórias
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Núncio de Cristo, aqui, o Seminário.
A alma desta casa vos venera
Nós somos Primavera
De operário
Marcado à grande messe
No verão de Deus.
Sem coração não há vida
Sem vida não há amor
Numa frase repetida:
Aqui nos tendes, Senhor
Somos de Deus e só vossos
Pois que da Igeja nós somos
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Oh! Deus que não se apague a chama
Que nos vai sumindo
Em teu calor...
Assim a nossa virtude
E juventude
Em teu divino amor
Serão o teu reinado
Bendita a hora em que chegou
junto de nós o teu legado.
Verá o que nós somos e queremos ser
A Igeja viva no altar
A dar o ser e a amar
Quem nos chamou.
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Senhor, aqui presente o Seminário
A alma desta casa vos venera.
Nós somos primavera
do operário
Marcado à grande messe
No verão de Deus.
Benvindo sejais Senhor.
Benvindo até nós
E aos céus
bem-ida a nossa prece
Por vós
O Núncio do Cristo-vivo
Não há distâncias no amor
E um grande coração não é cativo...
De cada açoriano é coração
Por cada coração que vos aclama
Eterna saudação:
Benvindo sejais, senhor!
Benvindo!
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A Ilha do mar
Julguei-me criador predestinado
E levantei no mar dos meus desertos
Uma ilha.
Era de bruma
Nem fontes nem ribeiros
Nem espinheiros
Abertos...
Melhor: coisa nenhuma
Só tinha num penedo
alcandorada,
Como um segredo,
Uma saudade antiga.
Ilha de areia o mar depressa a come
E o Criador da Ilha
Ébem que o diga
morre de fome
Mas vai de novo erguer
Mais outra ilha
Pois ele é rei e quer
Reinar
Na sua ilha do mar
S. Rafael 22-III-56
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Herança
Caem folhas uma a uma.
E não sei quantas cairam.
Só sei que todas fugiram,
Porque não ficou nenhuma!
São assim os nossos dias
Que o tempo leva na vida
E com eles de fugida
As tristezas e alegrias
Se das folhas não ficou
Nenhum rasto que se visse,
Quem dera se não sentisse
O que o tempo em nós deixou!
13-IV- 956
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Rocha de bruma esparsa ao meu sonho
Ou ilha de sereia no meu mar;
Quem há que te conheça e não te queira?
Que a tua cinza oculta uma braseira
Onde eu me aqueço íntimo e feliz
E a tua boca acerta quanto diz!
Não sei se te conhecem, minha ilha,
Quantos na vida passaram na flotilha
Dos anseios de viver e de ilusões...
Não sei o que dirão as multidões
De nuvens e de gente e de sonho e pó
Mas sei que bem estou contigo só.
Que seja a minha casa nesta rocha
Por onde passa bruma e desabrocha
Um cardo ressequido e muito triste
Que o fogo sob a cinza ainda existe
E o sol é meu amigo, há-de voltar
Voltou! É branca a ilha sobre o mar
s. Rafael 16-IV-956
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