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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa : Indício

DSousa, 11.12.08

 

 


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Nas minhas mãos tenho um dia

mistérios nevoeiro, só.
Julguei meu ser à revelia
E sou quanto não era, em pó

 

Ser águia e muito mais o céu
O sonho é todo o meu não ser
Ficar além do que morreu
Vivendo a ânsia de vivert

 

Traçar nos meus caminhos, cruzes
De agulha ao norte, o meu indício,
Fazer do sol arcos de luzes
Pautas sanguíneas dum cilício

 

Ficar eternamente à espera
- A porta aberta, já fechada

e ter somente a Primavera

Que se não tem. E... mais nada

Coelho de Sousa : Debruça-te

DSousa, 09.12.08

 

 


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Debruça-te ao mistério
E vê que o sonho é já sonhado.
Evola-se o perfume alvo e sidério
E em lume e glória é coroado.

 

 

O mundo não ficou de ausência triste
Que ainda mais presente se tornou
O bem é sempre bem, se existe

E o amor não se acabou.

 

 

Ainda e sempre - ainda
A terra se contenta de sabê-la:
Rainha e Mãe. Salvé Rainha,
Esposa a Filha e pulcra estrela

 

 

De boca em boca, à voz do papa entoa

O canto triunfal que já não finda
Aqui, Senhora, a coroa
Do mundo e ceu tu és Rainha.

Coelho de Sousa :Distância vencida

DSousa, 07.12.08

 

 


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Distância vencida, unida

 

 

 

Eu venho da distância que só Ele mediu
E vou para a distância que só Ele atinge

 E Ele não é eu, embora a fonte o rio
E a sombra não exista sem sol e esfinge

 

 

Eu vejo o meu caminho e sangue em que se tinge
O passo da minha alma, ideal que a definiu
Distingo o fruto bom e...o mau que me restringe
Em caloria eterna e não morrrer de frio

 

Anseio possuir sem confusão vital
E a vida ao meu encontro surge triunfal
No abraço da distância que só Ele mediu

 

 

E dá-me o Pão e o Vinho num mistério puro

E ficam-me o passado e mais o meu futuro
Unidos na distância que só Ele uniu

 

 

27-V-956

Coelho de Sousa: Salmo das Ilhas (II)

DSousa, 01.12.08

 

 


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Não podem resistir à doce luz
Do teu altar, sem mancha, as multidões.
Teus braços, quando se abrem numa cruz
Abarcam para Deus os corações.

 

 

Aqui nos tens. Também eu não resisto.
Açores são só teus eternamente
Por ti e para ti, oh! doce  Cristo
Aceita amor e alma desta gente!

 

 

Pontifice de Deus, oh! grande herói,
O salmo deste dia não se finda.
Se Portugal é teu qual sempre foi,
Nós somos os Açores, mais ainda.

 

 

20-IV-956

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