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Cai a tarde mansamente
nesta solidão deserta
E dentro em mim, de repente,
Outra saudade desperta
Como tantas é mais uma
esta saudade que vem
Chega de parte nenhuma
Nem a sinto por ninguém.
Por ninguém ? Que tal mentira!
Se eu a sinto bem por ti
Esta saudade delira
Quando não estás aqui!
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Alma da alma de mim
minha fonte e diadema
Quem te viu um dia assim
Incarnou-te num poema
feito de sonhos e prantos
de incerteza e das palavras
com que se lavram os cantos
dos poemas que tu lavras
Minha lavoura de ser
e que a vida não me deu:
Sublimação no sofrer.
Se não és tu, quem sou eu?
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Prendi-me ao teu olhar
Como ao céu se prende a estrela
Como o búzio chora o mar
Tua voz de ouvi-la e vê-la
Sabe-se lá como é
Que o amor renasce em nós
E de repente se vê
transformado num algoz
que nos faz escravo antigo
de imprevisivel desgraça
E no entanto um amigo
Só se quer de bem e graça.
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Meu tormento, minha lei
O que fui, sou e serei
é tão pouco de valer
Que mais valia não ser.
Um poço misterioso
estrela dalva e poente
Pão de trigo, o vinho e o gozo
Coisa nenhuma e a gente
Barco varado e a foice
maçã da vida e a messe...
Foi-se a culpa, a morte foi-se
preciso foi que morresse.
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Se o amor é manifesto
Estende o braço e a mão
e prenderás num só gesto
Os que muito longe estão
O amor não tem fronteiras
É de todos para todos
É como o luar pelas eiras
Grão e palha, luz a rodos
O amor em nossa casa
O amor é a nossa vida
É fogueira ardendo em brasa
e nunca mais consumida.
O amor é como o pão
que se mastiga na boca
E nos põe o coração
ao redor da vida louca.
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Fujo de mim, entro em mim
confuso, ardente e fugaz
Mas que cizania ruim
Me alforrou do trigo a paz ?
Já não sou bago de uva
Na parreira sazonada...
A minha alma está viúva
com o sangue derramado
E no entanto eu espero
Como a terra espera a água
O meu amor é sincero,
Venha o teu sarar-lhe a mágoa
Que o nosso maior desejo
Era não deixar de amar
Poderás trazer-lhe o beijo
Que prometeste ao luar
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Já quebrei o coração,
Quantas vezes, não sei quantas...
Nesta saudade de irmãos
É só tu que que me quebrantas
Vivo contínuas esperas
Como a noite pelas manhãs
Como Inverno às primaveras
Mas tu não chegas, não vens!|
Flor de pão é sofrimento
comungado cada dia
A saudade mais aumenta
sem te ver como te via
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