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Neste rincão de sonhos ressalgados
Quem beba a madrugada pelo barro
seremos nós, amor.
Que o sangue da batalha é nosso fado
E a tábua do naufrágio a que me agarro
é esta ilha-andor.
O sol é nosso pão no alguidar
Aposoando a rir emigrações
De enorme saudade.
Água de beijo e pranto é este mar
Que alaga e enegrece as solidões
desta insularidade
beirada dos telhados e na eira
trilhada em sapateias de verão
com búzios pela tarde
chamando as gentes da Terceira
á ceia do amor, de mão e mão
Solene e sem alarde.
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A teus pés, quando a tarde declina
Fatigados do nosso labor
Te ofertamos com todos os homens
O trabalho, o descanso, o amor
Com a noite nos cercam as sombras
E regressa a avezinha ao seu lar.
Nós buscamos teu refúgio
Teu amor nosso ninho será
Quando enfim para ti nos chamares
P’ra nos dar a gozar a tua paz
Na assembleia de todos os santos
Nosso gozo perfeito serás.
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Bem-vindo sejais, Senhor
Ao povo que vos espera
Convosco chega o amor
Renovado em primavera
Sois o ministro de Deus
Transmitindo a salvação
Sois o bom Semeador.
Fazei bem a sementeira
Que é terreno do Senhor
a paróquia da Feteira
E tereis em cada peito
A pulsar um coração
Que vos aceita em respeito:
Mais que mestre, amigo-irmão
Tudo o que somos e temos
Logo vos damos, de vez:
É por Cristo que vivemos
E a Senhora das Mercês
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Inventaria o que fosse
Pelos teus olhos tão claros
Pelos teus lábios tão doces
Naqueles beijos tão raros
Que me ilibava a vida
Dos tormentos de ser eu
Com a alma embevecida
No amor que se viveu
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Se os prantos que já chorei
Os guardasse em alguidar
Uma olaria não dava
Para os meus prantos guardar
Que o sal do mar é de prantos
Diz o povo e com verdadde
Muito sal do mar é meu
Só por conta da saudade.
Mesmo que as fontes secassem
Nunca faltaria água
Prantos que choram são rios
inundando (?) o mar de mágoa
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As saudades vão e vem
No correio do amor.
Que as saudades do meu bem
Já não cabem no vapor.
São do tamanho do mar
São tantas como as marés
Ninguém as pode contar
Mas por elas sei quem és
Tantas saudades eu tinha
Tantas saudades eu tenho.
A saudade será só minha
Para ter este tamanho?
Saudades de tudo e todos
Saudades sem terem fim
Eu não sei com estes modos
Se haverá saudade assim
Não há nuvem nem vento
Que me leve esta saudade
Espinho doce e tormento
Acredita, esta verdade.
Meu amor, eu morreria
Se matasse a saudade
Que tenho de ti, Maria.
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Rasoira de pinho branco
Quantos alqueires mediste?
Agora não medes nada.
Que de velha, morres triste.
Esqueceram-te depois
De medires milho e trigo…
Tem paciência, rasoira,
Sucede o mesmo comigo.
Não vale a pena acabar
Esta vida assim tão triste.
Fizeste o bem que devias
Medindo o grão que mediste.
E com certeza mediste
O pão da esmola e da graça
Isso basta para a glória.
Tudo o mais é vão e…passa.
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