Coelho de Sousa : Neste Rincão
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Neste rincão de sonhos ressalgados
Quem beba a madrugada pelo barro
seremos nós, amor.
Que o sangue da batalha é nosso fado
E a tábua do naufrágio a que me agarro
é esta ilha-andor.
O sol é nosso pão no alguidar
Aposoando a rir emigrações
De enorme saudade.
Água de beijo e pranto é este mar
Que alaga e enegrece as solidões
desta insularidade
beirada dos telhados e na eira
trilhada em sapateias de verão
com búzios pela tarde
chamando as gentes da Terceira
á ceia do amor, de mão e mão
Solene e sem alarde.