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Como sou feliz voando sem ter asas!
No céu do meu ideal não há distâncias
Os vales e as montanhas: campo raso
Amar é ponte sem espaço nem lugar:
No céu do meu ideal
É sempre dia claro a mais de 30 graus
Que eu sinta o coração a arder…mas sem ter brasas
E há uma só estação
Com vinho e mesa farta, em mesa posta
Assim os roseirais são óleo
Ainda que rasgada minha alma
- O trigo só é pão à mó do moinho
e quando queima o fogo
E só morrendo a uva, nasce o vinho
Como eu sou feliz voando sem ter asas
Pois as mãos ungidas voam mais que asas.
S. Rafael, 15-VIII-954
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Oh! Meu amor ilhéu, de coração
Enchemos de ternura
A espera da manhã
Do grande peixe e o sol
Que a lira morta no mar
Das sapateias saudosa
Não intimida ninguém
Que seja bravo e açor
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Coração divino aceita
Nossa prece pela Igreja
Que ela seja, em paz refeita,
O sinal que se deseja.
Ouvi-nos Senhor
e a quem enferma a saúde
A quem pecou dá virtude
Na graça do teu perdão.
Ouvi-nos Senhor
Saibam sorrir as crianças.
Que os jovens saibam viver
E não morram sem esp’rança
Os velhinhos a sofrer.
Ouvi-nos Senhor
Que o amor consagre os pais
Em santa vida comunitária
Que progrida mais e mais
O povo da Candelária
Ouvi-nos Senhor!
A cantar, rezar, vibrar
Por amor demos as mãos
Ninguém é ilha no mar
Pois todos somos irmãos!
Ouvi-nos Senhor
Deus e Senhor, nos ouvistes!
Ansiando o mais além!
Não podemos viver tristes…
Mas alegres… Sempre . Ámen!
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As pedras solitárias do mar de S. Mateus,
Negras, duras
Estão gritando: o seu aos seus, a Deus!
E, de roldão, sargaços babam as pedras
Negras, duras
Intransigentes, belas, solitárias, fortes
Mas sua voz não morre… Aos seus!
Eu creio na verdade-jovem destas pedras
Negras, solitárias, duras
Intransigentes, fortes…
E vamos de mãos dadas fazer
Das pedras negras, duras, intransigentes, belas,
O porto onde o amor desembarca e desembarcam ideais
Que o mar
É de quem sofre por amar
o seu e os seus.
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As mãos! As tuas mãos são um poema heróico e divinal
A palavra aberta em mapa mundi
Onde se cruzam rotas
Que ninguém sulcou.
E os dedos? Filigranas alegóricas,
Olímpicas ogivas em conluio
Para susterem traves que o amor engendra!
As mãos! As tuas mãos parelham decassílabos
rimados como flores em festão deiforme.
A música de um sonho em oratória alada!
A delirante réstia de um luar azul
Falando o gesto nobre duma entrega ideal.
As mãos! As tuas mãos um delta
Que se abriu no mar
da nossa vida assim
raiando o ser de quinta-essência eterna.
E âncora divina em que uma esperança assenta
Nosso regresso e praxe aureolados!
As mãos! As tuas mãos são ninho
em que o amor gerou consolações sem fim
São concha onde bebi felicidade tanta
Que nunca mais quisera o seu frescor deixar.
As mãos! As tuas mãos tocaram minha fronte
E logo foram coroa refulgindo a vida.
E quando um dia as tuas mãos ergueram
meu coração-menino ao céu
O sol eclipsou-se finalmente
E para ti fiquei só eu!
As mãos! As tuas mãos, perdi-as.
As tuas mãos voaram pelo céu além!
Agora vou contando os dias…
De me encontrar de novo em tuas mãos, ó mãe!
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Maldita seja a hora em que alinhave
O verso que me fique preso aos dedos.
Como um fantasma horrível de ser grave!
Oh! Que desgraça
Apodrecer
Resignadamente!
Quebrem-se os nós à realidade informe
E viva quem tem rosas no olhar!
Desprenda-se a palavra como um bago de uva
E nasça em minha boca este lagar.
O vinho da verdade é sangue
Se a vida se não cansa e não desarma.
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Para segredos dizeres
Teus olhos prendes nos meus
Não sei que mores prazeres
Possa haver sob estes céus
Oh! Minha mãe, minha mãe
Quando te fores não sei
A quem possa eu contar
Os segredos que guardei…
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